Novo governo

Ministério da Economia pode ser dividido em quatro pastas no governo Lula

Atual superministério pode ser desmembrado em quatro pastas, de acordo com Aloizio Mercadante, coordenador técnico da transição

O ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador dos grupos técnicos (GTs) do gabinete de transição, disse que mais uma pasta pode ser criada a partir do desmembramento do Ministério da Economia, já previsto pelo novo governo. Do superministério, que a priori seria dividido nas pastas Fazenda, Orçamento, Planejamento e Gestão e Industria, Comércio e Serviços, pode surgir também o Ministério da Reforma do Estado.

As declarações foram dadas na tarde desta terça-feira (6/12), durante a entrevista coletiva que aconteceu na sede do gabinete de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O GT de Planejamento, Orçamento e Gestão apontou a possibilidade de criação dessa área específica como forma de concentrar os esforços de reforma da máquina pública e ganho de eficiência do governo.

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Segundo o grupo, entram nesses esforços a busca de digitalização e desburocratização do governo, estratégias que também estão comprometidas com o orçamento previsto para 2023, de acordo com os dados recebidos pela equipe de transição.

Para Mercadante o Ministério do Planejamento é uma pasta transversal no governo e indispensável. “O país precisa de planejamento para poder crescer de forma sustentável e oferecer serviços consistentes”, apontou o ex-ministro.

"Grande equívoco"

Fusão de três pastas, o atual Ministério da Economia foi pensado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que atribuiu o status de superministro a Paulo Guedes. Mas apesar da promessa de eficiência do ministério integrado, de acordo com a transição, isso trouxe menos capacidade de a pasta tratar das políticas específicas de cada setor. Segundo Mercadante, “foi um grave equívoco você acabar com o ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”.

O coordenador técnico da transição disse ainda que a criação de mais pastas não precisa significar o aumento do gasto público, pois entre as sugestões que a transição deve encaminhar ao presidente eleito está a avaliação da criação de estruturas burocráticas e administrativas centralizadas que possam ser compartilhadas entre diversas pastas da Esplanada.

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