O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em dezembro. A data da viagem a Washington ainda está sendo acertada entre a assessoria do petista e a Casa Branca, segundo informou o ex-ministro Fernando Haddad. De acordo com ele, que participa do grupo de Economia do governo de transição, até a posse, o futuro chefe do Executivo terá conversado com os principais líderes mundiais.
"A gente deu um choque de credibilidade com a eleição do Lula. Está caindo muito a tensão de investidores estrangeiros, e eu pude constatar isso na viagem ao Egito e a Portugal", afirmou Haddad. "O presidente deve se reunir com o presidente (Joe) Biden antes da posse, nos Estados Unidos, e há muitos convites de grandes potências para encontrá-lo ou conversar com ele virtualmente. O presidente vai concluir o ano tendo conversado com as grandes potências do mundo e na melhor perspectiva para o Brasil", acrescentou.
Na viagem que fez à Conferência do Clima das Nações Unidas (COP27), Lula já havia conversado com o representante do governo dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry, que reforçou o desejo de Biden de se reaproximar do governo brasileiro, após o esfriamento das relações entre os dois países, decorrente da derrota do então presidente Donald Trump nas eleições de 2020.
O presidente Jair Bolsonaro se posicionou abertamente a favor da reeleição do aliado republicano e foi um dos últimos líderes a reconhecer a vitória democrata no pleito dos Estados Unidos.
A viagem de Lula deverá ocorrer entre a diplomação, no dia 12, e a posse. A assessoria do presidente eleito ainda estuda a possibilidade de ele visitar o chefe de Estado argentino, Alberto Fernández, antes de assumir o cargo. A Argentina é o principal parceiro do Brasil na América do Sul.
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