O senador Flávio Dino (PSB-MA) se manifestou no Twitter na manhã deste domingo (25/12) sobre os artefatos explosivos encontrados no último sábado (24/12) próximo ao Aeroporto de Brasília e a prisão de um homem com armas de fogo e motivações políticas. "Os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos 'patriotas' viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível", anunciou Dino na rede social. O parlamentar foi anunciado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva como ministro da Justiça do próximo governo.
Com o suspeito, identificado como George Washington de Oliveira Sousa, foram apreendidos um fuzil, duas espingardas, revólveres, mais de 1 mil munições e artefatos explosivos. "O armamentismo gera outras degenerações. Superá-lo é uma prioridade", declarou Flávio Dino, no Twitter.
O futuro ministro reconheceu o trabalho da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no caso, mas afirmou que "autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos". Dino classificou os acontecimentos ainda como "inaceitável terrorismo" e disse que o futuro diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, está acompanhando o caso em nome da equipe de transição. "Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores", finalizou o senador.
Entenda o caso
Na tarde deste sábado, o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) conseguiu desativar um artefato explosivo encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília, por volta de 13h20. O material foi encontrado dentro de uma caixa por funcionários da Inframérica por volta de 7h45, após um caminhão ter deixado a caixa na via pública, ainda pela madrugada. Os funcionários interditaram parte da pista com cones, e esperaram os policiais militares chegarem.
Com a PMDF no local, uma das pistas sentido ao Aeroporto de Brasília foi interditada. O procedimento para a remoção do objeto, que são duas bananas de dinamite ligadas a um fio, iniciou por volta de 11h55 pelo Esquadrão de Bombas da corporação. Às 13h20, o grupo desativou a bomba, e deixou o local logo após, seguido do CBMDF e da PF. Policiais civis ficaram por lá para a realização da perícia.
De forma espontânea, o criminoso confessou que queria chamar atenção para as questões políticas que têm defendido. "Não temos noção de quantas pessoas colaboraram com ele, mas as investigações vão se aprofundar. Nós respeitamos as manifestações, mas quando ela foge de princípios constitucionais e fere a liberdade do próximo, a PCDF vai agir, e agir com rigor", afirmou o diretor Robson Cândido.
"Se esse material adentrasse o Aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista, seria motivo de vários noticiários internacionais, mas nós conseguimos interceptar", frisou. O acusado foi indiciado pela prática de terrorismo, posse e porte de armamento e munição e posse de artefato explosivo.
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