Covid-19

Queiroga sobre vacinação: "As coberturas estão baixas no mundo inteiro"

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (21/12) no Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que o Brasil se saiu muito bem no enfrentamento à Pandemia e que ele foi o ministro que mais vacinou

Isabel Dourado*
postado em 21/12/2022 14:33 / atualizado em 21/12/2022 18:41
 (crédito: Ed Alves/CB/D. A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D. A Press)

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (21/12) o balanço dos investimentos e resultados da gestão do período de 2019 a 2022. Na reunião realizada na sede do Ministério da Saúde (MS) foram apresentados temas como enfrentamento da Pandemia, doses de vacinas, incorporação de medicamentos no Programa Farmácia Popular e fortalecimento da atenção primária à saúde.

Segundo o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, o Brasil se saiu muito bem no enfrentamento da Pandemia de covid-19. "Não há terra arrasada nenhuma no Ministério da Saúde, absolutamente nenhuma. Quando se fala que o SUS foi destruído no atual governo, essas pessoas devem se esquecer que quando tiveram aqui no período de 2008 a 2018 fecharam 40 mil leitos hospitalares. Essas pessoas que falam em terra arrasada devem estar falando deles. Nós estamos absolutamente tranquilos com o que fizemos nessa gestão do ministério da saúde", disse

Em relação às baixas coberturas de vacinação no Brasil, Marcelo Queiroga afirmou que o país está próximo de receber o certificado de eliminação do sarampo. "A cobertura vacinal que existe hoje é a cobertura real. Não é uma 'pedalada' vacinal. Ah, as coberturas estão baixas! As coberturas estão baixas no mundo inteiro, não é só no Brasil", observa. "Estamos próximos de receber novamente o certificado de livre de sarampo. O sarampo foi reintroduzido pela fronteira da Venezuela. Nenhum outro ministro da saúde vacinou tanto quanto eu."

Entretanto, a gestão de Jair Bolsonaro (PL) deixará a administração do país com um dos índices mais baixos de vacinação desde 2015. A campanha de imunização realizada pela pasta teve que ser estendida até o fim de setembro e não atingiu mais que 70% da população.

Especialistas vêm alertando que a queda da cobertura vacinal representa um grande risco da reintrodução de doenças que podem sair repentinamente de controle, como o sarampo e a poliomielite — essa última tinha sido oficialmente eliminada do território nacional em 1989.

*Estagiária sob a supervisão de Ronayre Nunes

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