O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta sexta-feira (16/12) que as ações recentes da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) contra manifestantes golpistas devem “servir de registro para o momento da posse”. Dino frisou ainda que a cerimônia terá “plena preservação da ordem pública e da integridade física dos participantes”.
“Representações têm sido feitas pelo delegado Andrei [Passos] a vários órgaos, à própria PF e, sobretudo, ao STF. Em razão dessas representações, têm ocorrido decisões judiciais que têm sido cumpridas, como é público e notório”, declarou Dino em coletiva de imprensa. A afirmação foi dada após o ex-governador do Maranhão ser questionado sobre o andamento das operações contra os envolvidos em atos antidemocráticos pelo país, incluindo as cenas de terrorismo perpretadas na capital federal na última segunda-feira (12).
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Operação
Ontem, a PF deflagrou uma operação, por determinação do STF, contra bolsonaristas radicais. Foram 103 mandados de busca e apreensão cumpridos, em oito estados e no Distrito Federal. Também foram apreendidas armas.
Segundo Dino, dezenas de envolvidos nos ataques, que envolveram a queima de carros e ônibus, foram identificados. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) também atua no caso, realizando inquéritos. “Nós distinguimos muito claramente o que é liberdade de expressão, protegida pela Constituição, daquilo que se refere, na verdade, ao cometimento de crimes. E isto deve servir inclusive de registro para o momento da posse”, alertou.
Posse
Sobre a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro, o futuro ministro garantiu que a segurança planejada pela PF e pelo Governo do Distrito Federal — com participação, inclusive, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) — manterá a ordem durante as solenidades oficiais e durante os shows programados para a Esplanada.
“Se alguém quiser exercer a sua liberdade de expressão de dizer que não gosta do momento da posse, obviamente tem todo o direito de fazê-lo. Mas não, definitivamente não (tem o direito) de tentar destruir, depredar, invadir, praticar atos terroristas ou ameaçar a integridade física do presidente da República”, declarou Dino. “O que nós vimos na segunda é relevador da atitude que nós teremos. Uma atitude tão absolutamente democrática que ela preserva a própria democracia em relação àqueles que querem destruí-la”, completou.
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