O ex-presidente Michel Temer (MDB) defendeu, nesta quinta-feira (15/12), o ensino em tempo integral e a construção de 100 hospitais no novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração ocorreu durante o encerramento do seminário Desafios 2023 — o Brasil que queremos, promovido pelo Correio Braziliense em parceria com a Interfarma, Abmes, Brasal, Senac e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
“Eu conheci o sistema educacional de Seul, na República da Coreia, e lá, o ensino é em tempo integral. Acho que deveríamos caminhar para isso. Quando nós fizemos a reforma do ensino médio no meu governo, desde lá criamos 500 mil vagas de ensino integral. E em SP, Rossieli, que foi ministro do governo e Mendonça, criaram mais 2,5 milhões de vagas de ensino em tempo integral”.
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“Falo isso porque o ensino em tempo integral tem duas vertentes: a educacional, pois o aluno ficando mais tempo na escola aprende mais. E a vertente social: em um país pobre como o nosso, o aluno se alimenta na própria escola. Sei que isso custa bastante caro. É preciso que as equipes que estão trabalhando nesta matéria, verifiquem como obter os recursos para essa hipótese que estou mencionado. Afinal, como aqui ficou ressaltado, educação é tudo. Uma vez que tenha educação, tem pelo menos o princípio do desenvolvimento do país”, completou, acrescentando a necessidade da alfabetização tecnológica.
“A alfabetização hoje não é apenas a tradicional, tem a ver com a alfabetização digital. Ela que vai garantir emprego no futuro”, pontuou.
Construção de hospitais na gestão Lula
Sobre saúde, o ex-presidente acrescentou propostas de construção de novos hospitais. Temer destacou ainda que educação em tempo integral e atendimento de qualidade na saúde trarão um “desenvolvimento extraordinário” ao Brasil.
“No tema da saúde, vejo muitas vezes as pessoas elogiando o nosso SUS. O que falta muitas vezes são unidades hospitalares. E aqui, uma outra coisa, vai mais um palpite, que a equipe de transição, aqueles que estão tocando a questão da Saúde qual o meio e modo de obter recursos para a construção de 80 a 100 hospitais para atender os vulneráveis no país. Claro que quando se fala em construir precisa pensar em toda a estrutura hospitalar e de igual maneira, a estrutura de pessoal nesses hospitais. Mas acho que essas duas hipóteses trariam um desenvolvimento extraordinário para o nosso país. Especialmente porque alcançaria aqueles mais vulneráveis do nosso sistema”.
Por fim, o tucano elogiou o Correio pela iniciativa do debate. “O seminário está tratando de temas importantíssimos. O novo governo está precisamente cuidando da nova transição e, portanto, desde já, fazendo seu plano de governo. Penso, até embora não sendo especialista aprofundado, vejo que boa parte das questões levantadas pelos expositores podem vir a ser apreciadas e levadas adiante no plano de governo. Portanto, cumprimento o Correio pela oportunidade desse encontro”.
Assista ao seminário na íntegra:
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