Novo governo

Primeiro pedido de Lula aos generais das FA será acabar com atos em quartéis

O presidente eleito e os futuros generais das Forças Armadas estão montando planos para encerrar os acampamentos de bolsonaristas em QGs espalhados pelo país

Pedro Grigori
postado em 15/12/2022 19:28 / atualizado em 15/12/2022 19:29
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

A remoção dos acampamentos bolsonaristas nas portas dos quartéis pelo Brasil deve ser um dos primeiros pedidos do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), às Forças Armadas, após ser empossado. Segundo informação do jornal Estado de S. Paulo, antes mesmo dos atos de vandalismo em Brasília, na última segunda-feira (12/12), o petista já havia externado para aliados que pretendia agir para encerrar os atos, classificados por ele como um "desrespeito" às próprias Forças Armadas.

A situação na porta dos quartéis seria um dos motivadores de Lula ter antecipado o anúncio de José Múcio Monteiro como futuro ministro da Defesa. Múcio e Lula já escolheram os próximos generais das Forças Armadas e estão tratando com eles planos para encerrar os acampamentos.

Ainda segundo o Estado de S. Paulo, Lula se reuniu com os deputados federais André Janones e Luís Tíbe, ambos do Avante, no último dia 8, e externou que acabar com os atos na porta dos quartéis é uma das prioridades dele em relação às Forças Armadas.

Lula e Múcio já bateram o martelo do comando das Forças, que será anunciado em breve. No Exército assume o general Julio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e Construção; na Marinha, o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante de Operações Navais da Marinha; na Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do estado-maior da Aeronáutica; e como Comandante do Estado-maior das Forças Armadas, o almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do estado-maior da Marinha.

Acampamentos em Brasília

Um dos principais pontos de protesto dos bolsonaristas é em frente ao Quartel General do Exército Brasileiro (QG), no Setor Militar Urbano (SMU) do Distrito Federal. O acampamento está montado desde a semana seguinte à vitória de Lula no segundo turno das eleições.

Na última segunda-feira (12/12), a situação tornou-se extrema após a prisão do cacique Serere Xavante, apoiador de Bolsonaro. Após isso, extremistas bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal na Asa Norte para “resgatar” o preso e provocaram diversos atos de arruaça pela capital federal. Pelo menos oito carros e dois ônibus foram queimados, e os baderneiros ainda entraram em confronto com a Polícia Militar.

No início da madrugada, os extremistas bolsonaristas começaram a se dispersar da área da Diretoria Geral da Polícia Federal na Asa Norte e, segundo flagrante feito pela reportagem do Correio, voltaram para o QG no SMU.

Newsletter

Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação