Fraga defende privatizações para aumentar produtividade brasileira

"O Estado tem de disponibilizar um ambiente regulatório de qualidade e investimentos em infraestrutura", afirmou o ex-presidente do Banco Central. A ideia, no entanto, é criticada pelo presidente eleito Lula

Francisco Artur

postado em 15/12/2022 15:32 / atualizado em 15/12/2022 16:51

(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga defendeu, nesta quinta-feira (15/12), que o governo federal adote uma agenda de privatizações. Segundo ele, concessões à iniciativa privada aumentariam a produtividade econômica.

“O Estado tem de disponibilizar um ambiente regulatório de qualidade e investimentos em infraestrutura. Nos investimentos, defendo a privatização como aumento de produtividade. Entendo que teremos sucesso se formos por essa direção”, apontou Fraga, nesta quinta-feira, (15/12), na abertura do seminário Desafios 2023 — o Brasil que queremos. Organizado pelo Correio Braziliense, o evento é realizado de forma semipresencial no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, com transmissões nas redes sociais e no site do jornal.

O caminho indicado pelo ex-presidente do BC é diferente das ideias adotadas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumirá o comando do Palácio do Planalto a partir do dia 1º de janeiro de 2023.

Lula descartou privatizações em seu governo. A divergência sobre esse ponto da política econômica também provocou o afastamento de Fraga do petista. O economista havia declarado voto em Lula nas últimas eleições.

Correio Debate

O seminário Desafios 2023 — o Brasil que queremos reúne grandes especialistas, executivos, autoridades e integrantes da equipe de transição de governo para abordar as novidades e as transformações no próximo ano.

O formato do debate do Correio tem quatro painéis de discussão de temas que dominarão o cenário econômico do próximo ano: Responsabilidade fiscal e social, O crescimento passa pela infraestrutura, Educação: a sociedade quer ser ouvida e A saúde como fonte de sustentabilidade da nação. O encerramento do evento será feito pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).

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