O futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou nesta quarta-feira (14/12) que o governo eleito vai manter as discussões sobre a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), sugerir a realização da próxima COP no país e retomar as relações com países latinoamericanos, como a Venezuela, e com a África.
“O presidente [Lula] me pediu e me orientou que eu traga o Brasil de volta à cena internacional”, contou Vieira em coletiva de imprensa nesta tarde, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). “Será uma política de reconstruir pontes. Em primeiro lugar, com nossos vizinhos sul-americanos. Em seguida, que também é nosso ambiente próximo, a América Latina em geral. Ele também pediu que eu retomasse todos os programas de cooperação com a África”, acrescentou.
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O futuro chanceler citou também um reforço nas relações com os principais aliados comerciais, os Estados Unidos, a China e a União Europeia. Ele ressaltou, porém, que será uma relação “intensa, mas equilibrada. Soberana”.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao participar da COP 27 no Egito, declarou que pretende realizar a próxima convenção do meio ambiente da Organizações das Nações Unidas (ONU), em 2025, no Brasil. Vieira confirmou a intenção. “Vamos tomar, a partir de 1º de janeiro, as medidas para que o Brasil seja o país-sede”, disse.
Questionado pela imprensa sobre as tratativas para entrada do Brasil na OCDE, o futuro chanceler disse que as negociações serão avaliadas, mas que há benefícios. “Vamos examinar. Eu acabo de chegar. É um processo que já está afinado. Eu tenho certeza que tem pontos positivos muito importantes que serão avaliados, e teremos reuniões sobre esse aspecto”, respondeu Vieira. O processo de adesão ao bloco econômico foi iniciado pelo atual governo, de Jair Bolsonaro (PL).
Mauro Vieira também adiantou, durante a coletiva, as primeiras viagens de Lula após ser empossado. O presidente eleito deve ir aos Estados Unidos e à China nos primeiros três meses de governo. Lula também pretende participar da reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) na Argentina, onde também deve realizar reuniões bilaterais com o país vizinho.
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