1º de janeiro

Quase 20 chefes de Estado confirmam presença para posse de Lula

Confirmações dos convites enviados pelo Itamaraty é por enquanto quase o dobro do registrado na posse de Bolsonaro, em 2019. Entre as autoridades que desembarcam no Brasil está o rei da Espanha, Felipe VI

Rosana Hessel
postado em 14/12/2022 11:13 / atualizado em 14/12/2022 14:31
 (crédito: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação)
(crédito: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação)

Ao menos 17 chefes de Estado já confirmaram presença na cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro de 2023, na capital federal, de acordo com fontes do governo. O número é quase o dobro do registrado na posse do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), em 2019.

Entre as autoridades confirmadas para a posse de Lula, destacam-se o rei da Espanha, Felipe VI, e os presidentes Frank-Walter Steinmeier (Alemanha), Alberto Fernández (Argentina), Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia).

Mais detalhes sobre a cerimônia de posse deverão ser divulgados, nesta quarta-feira (14/12), às 13h, pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e pelo embaixador da Fernando Igreja, responsável pelo cerimonial da posse. Veira, advogado e diplomata de carreira, estava na chefia da embaixada do Brasil na Croácia e foi chanceler na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).


Os Estados Unidos ainda não confirmaram a presença do presidente Joe Biden, mas a expectativa de fontes próximas ao governo norte-americano é de que será enviado um representante no lugar do democrata. No último dia 5, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, veio ao Brasil fazer um convite formal a Lula para se encontrar com Biden, na Casa Branca. O governo dos EUA foi um dos primeiros a reconhecerem a vitória do petista nas urnas.

Nessas ocasiões, o Itamaraty costuma enviar os convites a todos os países com os quais o Brasil mantém laços diplomáticos. A chancelaria informou que convidou, inclusive, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O governante venezuelano é tachado de "ditador" pelo governo Bolsonaro, que juntamente com mais de 50 países reconheceu, em 2019, o líder opositor Juan Guaidó como "presidente encarregado" da Venezuela, por questionamentos à reeleição de Maduro em 2018.

Na semana passada, a futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, coordenadora do grupo de trabalho para a cerimônia de posse, e o embaixador Fernando Igreja, informaram que havia 12 chefes de Estado confirmados. Cerca de 300 mil pessoas são esperadas na Esplanada dos Ministérios para acompanhar a cerimônia de posse, em Brasília.

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