Ex-ministro e coordenador técnico do governo de transição, Aloizio Mercadante foi confirmado como futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O anúncio foi feito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de encerramento do trabalho dos grupos de técnicos do gabinete de transição, onde Mercadante anunciou a conclusão do documento de 23 páginas com "revogaço" de ações do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a fala, Mercadante disse que os relatórios dos grupos técnicos apontam para 23 páginas de revogações de medidas do atual governo. O chamado “revogaço” deve atingir decretos emitidos pelo atual governo. “Só de revogaços tem 23 páginas, então estamos revogando tudo”, reforçou nesta terça-feira (13/12), no auditório do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB).
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Os relatórios finais foram entregues ao coordenador-geral da transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), no domingo (11), e, para Mercadante, os documentos elaborados trazem uma profunda análise da máquina pública federal. “Conseguimos recolher um diagnóstico muito preciso, eu vi que o atual governo diz que estamos em uma situação fiscal muito boa. Boa para quem?”, questionou o ex-ministro, apontando o alinhamento que deve ter no comando do BNDES com as políticas sociais do novo governo.
Mercadante disse ainda que a transição demonstrou que a situação fiscal tem sido mais grave com os pobres. “Quem está pagando a conta desse apagão fiscal são os pobres, aqueles que mais precisam. Nós vamos entrar o ano e não tem previsão para o Bolsa Família, não tem previsão para o salário mínimo. A previsão para o Denit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é o menor nominal da sua história”, elencou.
Participaram do evento o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), com a vice-primeira-dama, Lu Alckmim, bem como a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o coordenador da transição, o ex-deputado Floriano Pesaro, e os futuros ministros indicados Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil) e o embaixador Mauro Vieira (Relações Exteriores).
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