Novo governo

Aliados parabenizam Lula nas redes; Carlos Bolsonaro ironiza

Senadores Simone Tebet e Rodrigo Pacheco exaltam a vitória da democracia. Filho do presidente e ministro das Minas e Energia do governo Bolsonaro desfiam críticas nas redes sociais

Ândrea Malcher
postado em 12/12/2022 19:37 / atualizado em 12/12/2022 20:07
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Após vencer a eleição presidencial de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) foram diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como a chapa vencedora do pleito, nesta segunda-feira (12/12). Com um discurso emocionado e de “reconquista da democracia”, Lula foi parabenizado nas redes sociais por aliados e membros do Congresso.

Concorrente de Lula na corrida presidencial e nome cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social, Simone Tebet (MDB) estava ausente na cerimônia. Mas usou o Twitter para parabenizar o ex-concorrente. “Essa é a oficialização do resultado das urnas e da vontade soberana do povo brasileiro que escolheu seus representantes de forma democrática.”

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assistiu à cerimônia de diplomação. Mas também se manifestou sobre o evento pelas redes sociais. “O ato marca o fim do processo eleitoral que refletiu a solidez da democracia brasileira e de suas instituições”, escreveu. “Com a legitimação dos vencedores, as eleições regulares e transparentes, cumprem o seu papel de permitir aos eleitores as escolhas conscientes de seus candidatos.”

Marina Silva, que se reaproximou de Lula durante a campanha, seguiu o tom dos discursos do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e do próprio Lula. “Além da chapa Lula-Alckmin, o ato no TSE vai diplomar também a resiliência e a resistência das forças e das instituições democráticas para se manterem como a base de sustentação que atua na busca de soluções para os graves problemas que persistem no país.”

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), outro forte aliado durante a campanha, comemorou o tom de união no discurso do petista. “O discurso de Lula foi pela felicidade, pela liberdade e dignidade do brasileiro. Se comprometeu a ‘promover de fato a qualidade de direito e a oportunidade para TODOS e TODAS, independentemente da classe social, crença religiosa ou orientação sexual’. Vitória!”

Fernando Haddad (PT), que assumirá o Ministério da Fazenda, categorizou o discurso de Lula como uma “aula sobre democracia, diplomacia e respeito”. “O pesadelo acabou. O Brasil está de volta para os brasileiros e para o mundo. Grande dia.”

Críticas e ironias

A cerimônia, no entanto, também foi alvo de críticas. O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), usou o Twitter para ironizar um grupo de apoiadores de Lula que se concentrava na Esplanada dos Ministérios.

 

Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia do governo Bolsonaro, teceu críticas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que começa a tramitar na Câmara nesta segunda, prevendo retirar R$ 168 bilhões do teto de gastos, sendo R$ 145 bilhões para o novo Bolsa Família e R$ 23 bilhões para investimentos.

 

Diplomação

A diplomação dos vencedores das eleição gerais é um protocolo do TSE que existe desde 1946. Marcando o fim do processo eleitoral, o rito é organizado pela Justiça Eleitoral e é previsto pelo Código Eleitoral. A cerimônia atesta que os candidatos foram eleitos pelo povo em eleições gerais. Assim, Lula e Alckmin receberam “diplomas” assinados pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e estão habilitados para exercerem os mandatos.

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