Diversidade nos ministérios

"Não iriam mudar o 'governo misógino'?", diz Ciro Nogueira sobre ministros

O atual chefe da Casa Civil ironizou, neste sábado (10/12), as primeiras escolhas de Lula para seus ministérios, apontando falta de diversidade

Victor Correia
postado em 10/12/2022 20:59
 (crédito: Edilson Rodrigues/Agencia Senado)
(crédito: Edilson Rodrigues/Agencia Senado)

O chefe da Casa Civil, ministro Ciro Nogueira, ironizou neste sábado (10/12) a falta de diversidade nos primeiros anúncios de futuros ministros do governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os anúncios foram feitos ontem.

"O ministro da área econômica, o da Justiça e chefe da Polícia Federal, o da Defesa e chefe das FFAA, o chefe da Casa Civil, coração do governo, e o das Relações Exteriores: todos homens e brancos. Não iam mudar o governo 'misógino'?", escreveu o ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL) em sua conta no Twitter.

Governo terá "a cara da sociedade brasileira"

Na sexta (9/12), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou os primeiros cinco nomes que irão compor seus ministérios. Todos são homens. O futuro ministro da Defesa, Flávio Dino, porém, se autodeclarou pardo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao anunciar a composição, Lula se adiantou ao tema. Em seu discurso, o petista frisou que "vai ter mulher, vai ter negros, vai ter índios, ou seja, nós vamos tentar montar um governo que seja a cara da sociedade brasileira".

Questionado pela imprensa sobre a diversidade racial dos primeiros nomes anunciados, Lula rebateu ao citar Dino. "Você acha que ele é branco?", questionou. "Não entendo que esse cara é branco. No mínimo, dizer que ele é pardo", completou.

Como parte do esforço para criar uma composição de ministros diversa, Lula convidou a cantora Margareth Menezes para assumir a pasta da Cultura. Ele pretende, ainda, criar um ministério dos Povos Originários, que será chefiado por um indígena.

"A verdade é uma só: o governo eleito já fez sua opção por homens brancos para comandar o coração do governo. Apesar dos discursos, podem até trazer mulheres e minorias. Será só propaganda e na periferia do poder real", completou a crítica Ciro Nogueira.

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