Apesar dos números preocupantes para a economia no próximo ano, é consenso entre os especialistas que o desenvolvimento só é possível quando a sociedade como um todo tem acesso a saúde de qualidade. Por isso é que um dos temas do seminário "Desafios 2023, o Brasil que queremos", que o Correio Braziliense realiza no próximo dia 15, é justamente "A Saúde como fonte de sustentabilidade da Nação".
E para participar dessa discussão, o jornal convidou Marlene Oliveira, fundadora e presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, que ao lado do ex-ministro da Saúde e senador Humberto Costa (PT-PE) e de Paulo Rebello, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), trará a necessidade de se aumentar, melhorar e dotar a rede básica do setor com mais recursos.
"Abordaremos a necessidade de ampliar, fortalecer e inovar na atenção primária. Ela atua como porta de entrada para a navegação dos brasileiros no sistema. Tem capacidade de atender entre 80% e 90% das necessidades de saúde da população", afirma.
Para a fundadora e presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, é importante que o futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteja atento à fragilização sofrida pela saúde nos últimos anos, algo que piorou vários indicadores sociais. "Procuramos atuar de forma contributiva para que o Brasil alcance a equidade na saúde e a sustentabilidade econômica dos sistemas, tanto no SUS (Sistema Único de Saúde) como na saúde suplementar. Um aspecto relevante para a discussão é financiamento e a melhoria da gestão. Isso passa pela reorganização e a ampliação para a incorporação de novas tecnologias na saúde", salientou.
Marlene tem uma visão pragmática de como enfrentar os problemas da saúde básica no país. Ela salienta que sempre defendeu que "tudo para todos na saúde não é viável e nem sustentável, mas sim o tudo para quem precisa na hora certa".
"É fundamental identificarmos caminhos que possibilitem a incorporação de tecnologias que, efetivamente, cheguem ao paciente. Atualmente, há medicamentos incorporados no SUS há quase quatro anos que estão somente no papel, sem que o brasileiro tenha acesso", lamentou.
O seminário "Desafios 2023, o Brasil que queremos" se realizará das 14h às 19h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com transmissão ao vivo pelo site e pelas redes sociais do Correio.
*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi
Confira a programação completa:
Abertura
- 14h00 — Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal*
- 14h20 — Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central
1º Painel: Responsabilidade fiscal e responsabilidade social
- 14h40 | Juliana Damasceno, economista da Tendências Consultoria. José Roberto Afonso, economista e um dos pais da Lei de Responsabilidade Fiscal. Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset
- 15h30 | Simone Tebet, senadora: “O social não pode esperar”
2º Painel: O crescimento passa pela infraestrutura
- 15h50 | Tony Volpon, estrategista da Wealth High Governance. Jorge Arbache, vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Zeina Latif, economista
Coffee Break: 16h50 a 17h
17h | Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda: “Credibilidade para o crescimento”
3º Painel: A sociedade quer ser ouvida — educação
- 17h20 | Cláudia Costin, diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV. Celso Niskier, presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Ambes). Raphael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI e diretor-geral do Senai. Marcos Lisboa, economista e presidente do Insper (Confirmado)
4º Painel: A saúde como fonte de sustentabilidade da nação
- 18h | Humberto Costa, ex-ministro da Saúde. Paulo Rebello, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado
Encerramento
- 18h40 | Michel Temer, ex-presidente da República
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