ORÇAMENTO

Senador pede que TCU investigue repasses de valores aos ministérios

De acordo com o senador, uma modificação no decreto que altera repasse de valores aos ministérios contribuiu para o contingenciamento do MEC e os cortes nas bolsas da Capes

Tainá Andrade
postado em 07/12/2022 20:30 / atualizado em 07/12/2022 20:31
 (crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado)
(crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) ingressou, nesta quarta-feira (7/12), com ação no Tribunal de Contas da União (TCU) para verificar o decreto presidencial 11.269/2022, datado do final de novembro. O documento modifica o orçamento ao estabelecer que os órgãos devem indicar, até o dia dois de dezembro, as necessidades adicionais do primeiro cronograma de pagamento por meio do Sistema de Gestão Financeira (Sigefi). Dessa forma, o Executivo poderá atender ou não à demanda. Além disso, os órgãos também devem informar se não utilizarem todo o valor do orçamento até o final de 2022.

De acordo com o senador, esse decreto contribuiu para “zerar por completo a autorização para desembolso financeiros durante o mês de dezembro à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)”. Os pagamentos do órgão aos bolsistas deveriam ter sido feitos até esta quarta-feira.

Além disso, o contingenciamento do orçamento do Ministério da Educação (MEC) também privou o pagamento para manutenção administrativa da entidade, com o cumprimento dos salários de funcionários terceirizados que realizam os serviços de limpeza e vigilância, por exemplo. No requerimento enviado ao tribunal é pedida as providências em relação aos riscos de interrupções das atividades das instituições.

Para Contarato, orçamento federal foi comprometido em prol da “gastança eleitoral”. "Bolsonaro subestimou propositalmente as despesas obrigatórias, para abrir folga para a gastança eleitoral. No apagar das luzes de seu desgoverno, lavou as mãos e legou ao país um calote generalizado. Essa sabotagem criminosa não pode sair impune. É uma grave ofensa à gestão fiscal que pode render rejeição às contas de governo", destacou.

“O ato denunciado foi apenas o último de tantos outros na política de desmonte no Ministério da Educação. Temos o dever de reagir com urgência à sua sabotagem ao país”, complementou.

Newsletter

Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação