Novo governo

MST publica carta em defesa da agricultura familiar e do desmatamento zero

Documento defende fim do uso de agrotóxicos, banimento de latifúndios e crítica 'agronegócio produtor de commodities’. Texto deve ser encaminhado em breve ao governo de transição

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) publicou nesta terça-feira (29/11) uma "Carta ao Povo Brasileiro", com ideias e sugestões para o novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume no dia 1º de janeiro de 2023. O documento enaltece a vitória do petista como o “fruto de uma ampla aliança social de todas as forças progressistas”.

Na carta, o movimento destaca ainda que Lula terá o desafio de combater o desemprego, além de apontar a necessidade de “investimentos pesados em educação e saúde”. Em relação ao campo, o MST teceu duras críticas ao "latifúndio predador" e ao agronegócio. “Os fazendeiros enriquecem, mas não pagam impostos à sociedade, graças às isenções das exportações. E agridem a natureza com o desmatamento, o uso de agrotóxicos e o mono cultivo”, avaliam, em um trecho da carta.

Por outro lado, a carta faz elogios ao modelo de agricultura familiar, “que protege à natureza e se dedica a produzir alimentos para suas famílias e para o mercado interno”, defende.

Saiba Mais

Entre as políticas voltadas à agricultura familiar, o MST defende a distribuição de terras de latifúndios para pequenos produtores, principalmente nas cercanias das grandes cidades, além de um programa de implementação de máquinas agrícolas para esses produtores.

O documento também cita a necessidade de combater desmatamento, violência, discriminações raciais, ‘LGBTfobias’ e trabalho análogo à escravidão no campo. “Levaremos essas propostas e ideias para o próximo governo Lula e contribuiremos de todas as formas possíveis para que elas sejam aplicadas.”

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*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro