NOVO GOVERNO

Secom 'inviabiliza' reuniões com transição após exposição de dados por Janones

Uma das consequências do episódio, sinalizado pela Secom, por meio de nota, é de que será inviável reuniões presenciais, com colaboração somente escrita para a equipe de transição

André Janones (Avante-MG), integrante do Grupo Técnico (GT) de comunicação social da transição, protagonizou uma confusão virtual com a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do atual governo de Jair Bolsonaro (PL), nesta quarta-feira (23/11). Uma das consequências do episódio, sinalizado pela Secom, por meio de nota, é de que será inviável reuniões presenciais, com colaboração somente escrita para a equipe de transição.

Classificando a secretaria de “mamata”, “quadrilha” e a acusando de “gabinete do ódio”, Janones informa que o comitê encontrou um aumento de R$ 180 para R$ 526 milhões no orçamento destinado ao local.

“Mais de meio bilhão por ano do dinheiro dos seus impostos foram para blogs, sites e emissoras mentirem e atacarem a democracia!”, criticou o deputado eleito pela rede social.

A secretaria reagiu afirmando que uma das normas para a transição é o “respeito mútuo e a cordialidade”. Sem citar o nome do deputado, eles consideraram as informações expostas “inverídicas, distorcidas e desrespeitosas”. Em resposta, Janones disse que não “é cordial com bandido” e que “iria colocar todos na cadeia”.

Mesmo com a reação, Janones seguiu divulgando dados da reunião e marcando perfis de veículos aos quais o dinheiro foi direcionado. Sem dizer o nome do canal fechado de televisão, mencionou o gasto de R$ 750 milhões que, segundo ele, foi o triplo do valor gasto anteriormente com propaganda.

Janones ainda indicou que R$ 13 milhões foram repassados à “pesquisas”. Usou essa cifra para desmentir a acusação de que era fake news a informação de que haviam contratos milionários com a empresa Paraná Pesquisas. Com a foto de um slide, escreveu: “Entre os principais beneficiários está a Paraná pesquisas! Bilhões de reais para sites e blogs do gabinete do ódio!”.

“Publicadas por um dos integrantes do Grupo de Trabalho relacionado à comunicação social na transição de governo, demonstram e materializam a não observância dolosa do princípio de colaboração por parte desse integrante, o que, praticamente, inviabiliza a realização de reuniões com o Grupo Temático”, resumiu, em nota.

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