O vice-presidente do novo governo, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou, nesta terça-feira (22/11), quase 60 nomes de parlamentares, entre eleitos e com mandato atual, que irão acompanhar os trabalhos dos Grupos Técnicos (GTs) da transição. Entre os nomes para auxiliar os 28 grupos montados está o do ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) Alexandre Frota (PROS-SP), para o GT de Cultura.
Ele será o único deputado federal a ter essa tarefa na temática. “Todos os partidos foram contemplados e as indicações foram feitas pelos representantes”, ponderou o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG), que estava presente na coletiva onde ocorreu o anúncio.
Outro nome anunciado que teve divergências com integrantes do PT, inclusive saindo do partido para fazer campanha eleitoral para o governo de Pernambuco pelo Solidariedade, foi Marília Arraes. A parlamentar integrará a equipe do Desenvolvimento Regional. Com uma longa história no PT, seu nome é estratégico para a articulação que o grupo precisa com o Congresso Nacional. De acordo com Alckmin, esses parlamentares foram indicados pelos representantes dos GTs. A definição teve como critério os parlamentares que acompanham de perto os temas para os quais foram escalados. “Acompanha os projetos que estão em discussão na Câmara e no Senado, a discussão do LOA e a agenda Legislativa”, declarou.
O único grupo que não teve nome mencionado foi o da defesa. Ao ser questionado se já haveria nomes indicados, Alckmin afirmou já terem um esboço, mas que a decisão final será de Luiz Inácio Lula da Silva, que provavelmente desembarcará hoje (22/11) em Brasília. “Amanhã [quarta-feira] ou no máximo quinta terão os nomes para o grupo”, determinou.
Sobre os murmurinhos de que há um ruído entre o Ministério da Defesa e os responsáveis pela transição, Alckmin atenuou. “Não temos tido contato direto ministro para ministro. Pela lei esse contato tem que ser feito pela Casa Civil, ou seja, com Ciro Nogueira. Mas vamos ouvir todo mundo, composto o GT vão ouvir. Não tem dificuldade, está praticamente equacionado”, informou.
As prioridades desse GT serão: fazer um bom projeto de defesa estratégica para o país que, de acordo com o vice, é extremamente relevante; cobrir o programa de governo estabelecido; ter bons nomes para formação do grupo, entre os civis e das forças.
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