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Conselho de transição elenca metas para os primeiros 100 dias de governo

O conselho político também decidiu indicar, no mínimo, dois parlamentares da base de apoio para cada um dos grupos técnicos da transição

O Conselho Político da Transição, composto por 14 partidos que apoiam o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, fez a segunda reunião, ontem, e anunciou a ampliação do escopo de trabalho dos grupos temáticos para incluir o planejamento e a sugestão de medidas para os 100 primeiros dias do novo governo, que tomará posse em 1º de janeiro.

"Vamos aproveitar toda essa inteligência que está mobilizada na transição para também preparar o início do governo, e isso não estava previsto", disse o representante do PDT no conselho, deputado Wolney Queiroz (PE), líder da oposição na Câmara.

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O conselho político também decidiu indicar, no mínimo, dois parlamentares da base de apoio para cada um dos grupos técnicos da transição. A ideia é relacionar os projetos e trabalhos no Congresso com os debates de cada área temática e, assim, subsidiar as propostas para os primeiros meses do governo de Lula. Os partidos também devem mapear tanto no Senado como na Câmara os projetos em tramitação que podem ser aprovados para facilitar a vida do presidente eleito.

O encontro, que ocorreu na sede do gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), desta vez, teve a participação do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), mas, novamente, não registrou a presença de representantes do MDB, partido da senadora Simone Tebet (MS).

A reunião foi aberta por Alckmin, que começou falando sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. Segundo participantes do encontro, o vice eleito está otimista quanto à receptividade da proposta, que não deve enfrentar muitas reações no Parlamento. O principal debate se dará em torno do prazo de validade da exclusão dos recursos do Bolsa da Família da Lei do Teto de Gastos. O texto-base propôs que a exclusão seja definitiva, mas parlamentares da base avaliam que esse item pode sofrer negociações até a aprovação da PEC.

A próxima reunião do Conselho Político está marcada para quarta-feira da semana que vem, quando deve se ter o desenho final do gabinete de transição e definição das rotinas de trabalho.

Na última terça-feira, o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), foi à sede do gabinete de transição para conversar com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Interlocutores indicaram que as conversas entre os dois foram muito promissoras. A expectativa é de que partidos que ainda não integram a base do governo eleito, como o próprio União Brasil, o PP e até mesmo o Republicanos — que serão convidados — participem da reunião.