O atual vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), senador eleito nas eleições gerais deste ano, comentou a futura relação de Lula (PT), presidente a partir de janeiro de 2023, com as Forças Armadas. Mourão, apoiador do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), derrotado pelo petista, usou os governos anteriores de Lula e do PT para se mostrar tranquilo com a forma de tratamento.
"Vai continuar tudo como dantes no quartel de Abrantes. Eu gosto muito de uma frase do Delfim Netto: 'No dia 1º de janeiro, a quitanda vai abrir com berinjela pra vender e troco para o freguês'. É isso que vai acontecer. O relacionamento dos governos do PT com as Forças Armadas foi mais ou menos tranquilo. A única questão foi aquela coisa da Comissão da Verdade", disse Mourão, em entrevista ao Valor Econômico.
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"E aí foi a Dilma que meteu os pés pelas mãos. O Lula nunca meteu os pés pelas mãos junto às Forças. Vai escolher um ministro da Defesa, um civil qualquer desses aí, tem várias especulações", complementou, na mesma entrevista.
Mourão fez referência aos outros quatro governos do PT: de 2003 a 2010, com Lula eleito em 2002 e reeleito em 2006; e de 2011 a 2016, com Dilma Rousseff (PT) eleita em 2010 e reeleita em 2014, mas que sofreu o impeachment em 2016.
Lula foi eleito presidente ao derrotar Bolsonaro com 50,9% dos votos válidos e governará o Brasil de 2023 a 2026. Já Mourão, vice de Bolsonaro, venceu para o cargo de senador pelo Rio Grande do Sul com 44% e terá mandato de 2023 a 2030.
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