O Ministério Público Federal (MPF) denunciou três pessoas do Mato Grosso do Sul por financiamento de atos antidemocráticos desde o segundo turno das eleições. De acordo com o órgão, eles vão responder por "incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade".
Os investigados são dois empresários, um do ramo de restaurantes e outro proprietário de loja de insumos agropecuários, além da responsável pelo Centro de Tradições Gaúchas de Dourados.
Segundo a denúncia, o dono do restaurante era responsável pelo fornecimento de comida aos manifestantes que fecharam o tráfego de veículos na MS-162. Ele também é acusado de reivindicar a atuação das Forças Armadas contra o Estado Democrático de Direito nas redes sociais.
Já o empresário do ramo agropecuário enviou todos os veículos de sua empresa, mais de 50 carretas, para a frente da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada. Enquanto isso, a responsável pelo CTG cedeu a estrutura do local, que está localizado próximo ao quartel, para fins logísticos e de manutenção do movimento.
“Para além do exercício da liberdade de expressão, os denunciados incentivam atos golpistas e que incitam as Forças Armadas a agirem contra o resultado das eleições legitimamente reconhecido como válidos pelo Tribunal Superior Eleitoral", diz o MPF
A procuradoria ainda pede que a Justiça condene os denunciados ao pagamento de danos morais coletivos nos valores de R$ 200 mil (proprietário do restaurante e responsável pelo CTG) e R$ 400 mil (dono de loja de insumos agropecuários). O órgão solicitou ainda o bloqueio das contas do dono do estabelecimento alimentício no Instagram.
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