Eleições

Ministério da Defesa diz que seu relatório não exclui risco de fraude nas urnas

No documento divulgado ontem, Defesa não apontou fraude nem contestou o resultado das eleições

O Ministério da Defesa divulgou um novo comunicado nesta quinta-feira (9/11) sobre o relatório enviado ontem para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a nota, “com a finalidade de evitar distorções do conteúdo”, a pasta esclareceu que o trabalho da equipe de militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.

Apesar de afirmar que existe possibilidade de fraude, o texto, porém, não aponta provas concretas de que as eleições foram fraudulentas.

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De acordo com a nota, houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte. A pasta, comandada pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira, diz também que os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação. Ou seja, não trouxe nenhuma informação nova sobre o relatório divulgado nessa quarta-feira (9).

"O Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas", afirma a nota divulgada hoje.

Resposta do TSE

Ainda na noite de ontem, o relatório da Defesa foi respondido pelo TSE. Em nota assinada pelo presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, o documento "não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022". Ele atestou ter recebido o trabalho dos técnicos militares com "satisfação".

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