O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin disse nesta terça-feira, 8, que o relatório do Ministério da Defesa sobre fiscalização das urnas feita pelos militares é assunto para o Judiciário analisar. Coordenador do governo de transição, Alckmin evitou comentar possíveis desdobramentos caso o documento das Forças Armadas venha a ser usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para uma eventual contestação do resultado da votação.
Alckmin revelou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem encontro amanhã, 9, com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes. O relatório da Defesa será entregue ao TSE nesta quarta-feira, 9. "Não tenho nenhuma informação sobre esse relatório. Agora, quem cuida disso é o Poder Judiciário que tem uma justiça especializada para isso que é a Justiça eleitoral", disse o vice.
Ele confirmou ainda que além do TSE, o petista Lula também deve se reunir com os presidentes da Câmara e do Senado, com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e ainda visitar o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No início da tarde, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o partido não pretende contestar o resultado das eleições, mas não descartou a possibilidade de Bolsonaro vir a questionar a apuração caso tenha "algo real na mão".