O Twitter suspendeu a conta do professor Marcos Cintra (União Brasil), ex-candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke nas eleições deste ano, devido à divulgação de informações falsas levantando suspeitas em relação às urnas eletrônicas. A postagem de Cintra endossava as críticas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), às urnas eletrônicas e vinha sendo usada por bolsonaristas nas redes sociais para alegar que a eleição foi fraudada em favor do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Numa das publicações Cintra questionou o fato de Bolsonaro ter zero votos em centenas de urnas, e chegou a dizer que as dúvidas sobre a eleição eram legítimas.
Em seu site pessoal, o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) disse que acredita na legitimidade das instituições e que não admite que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "seja cúmplice, no caso de descobrirem algum bug no sistema". Ele cobrou que o Tribunal se debruce sobre esses fatos e os esclareça.
Disse também que o fato dessas urnas estarem em comunidades quilombolas e indígenas "não explica esses resultados, sob pena de admitir que essas comunidades foram manipuladas".
Cintra chegou a escrever também que caso houvesse registros em papel, estes casos poderiam ser rapidamente descartados, evitando dúvidas sobre a integridade do sistema. "São dúvidas legítimas. Qualquer cidadão, como eu, tem o dever de exigir esclarecimentos das autoridades competentes para preservar a democracia e a legitimidade de nossas instituições. Quero ardentemente acreditar que haja explicação convincente."
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