Na próxima terça-feira (8/11), a bancada do PSD no Congresso Nacional vai se reunir com o presidente do partido, Gilberto Kassab, para definir se vão compor ou não a base de apoio no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O líder da legenda no Senado, Otto Alencar (BA), articula com a bancada do partido na Casa e avalia “condições” do PSD integrar o governo dentro do Congresso. Reeleito no dia 2 de outubro com 4.218.333 votos e 58,31% dos votos válidos, o senador afirmou ao Correio que articula o apoio com a bancada pessedista.
Mesmo antes do governo de transição ter começado oficialmente, o PT corre contra o tempo para conseguir aliados desde já para aprovar a PEC da Transição. O apoio do PSD, que atualmente tem 46 deputados federais e 11 senadores (12 com o presidente Rodrigo Pacheco), é de grande importância.
“Vai ter uma reunião terça-feira (08) com [Gilberto] Kassab, com deputados e senadores. Temos alguns senadores que apoiaram Lula no primeiro turno, tem o [Carlos] Fávaro (MT), Omar Aziz (MT), eu, o [Sérgio] Petecão (AC), o Alexandre Silveira (MG), a Daniela Ribeiro (PB). Também estou conversando com os senadores que não apoiaram e vamos conversar”, disse Otto, que confirmou ter iniciado conversas com demais senadores do PSD, como Nelsinho Trad (MS), Vanderlan Cardoso (GO) .
Sobre as negociações com o PT para apoiar a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado, Otto Alencar afirmou que o assunto deverá ser debatido mais para frente. Em entrevista o jornal Folha de S. Paulo na última quinta-feira (3/11), Kassab condicionou a construção com Lula ao apoio do presidente eleito a “bons projetos do PSD”, como Eduardo Paes, Ratinho Jr (SC), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Fábio Mitidieri (SE) e à recondução de Pacheco à mesa-diretora do Senado.
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“O PSD está oferecendo ao governo Lula a possibilidade de construir juntos boas políticas públicas para aproximadamente 40% do país. Nesses estados e no Senado, temos responsabilidade de condução”, disse Kassab.