Durante ato de protesto dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestantes dão as mãos e rezam o Pai Nosso no acampamento montado, desde segunda-feira (31/10), no Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). No ato, eles pedem pela intervenção militar aos gritos de "nossa bandeira jamais será vermelha".
A manifestação está repleta de pessoas vestidas com verde e amarelo. "Estou aqui porque o Lula não pode assumir o poder do Brasil, o país é verde e amarelo, e não vermelho", disse a estudante Jeniffer Oliveira, 19 anos.
Motociclistas e caminhoneiros se juntaram à manifestação mais cedo, provocando trânsito nas imediações. No ato é possível ver soldados do Exército fazendo ronda na Praça dos Cristais.
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Nas falas dos bolsonaristas, se repete o discurso de que houve fraude nas urnas. Eles defendem que o Brasil não aceita o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. As eleições aconteceram no último domingo (30). "O Brasil não elegeu ele, nos não queremos ele no poder, essa manifestação mostra isso", disse a aposentada Carmen Silveira, 70 anos.
Segundo os manifestantes, a escolha do QG foi estratégica, já que na Esplanada os protestos são direcionados ao presidente. "O que tem para fazer na Esplanada? Temos que vir para o Exército para pedir a intervenção deles, porque com o ladrão não dá para ficar", disse um dos apoiadores ontem. Para que os manifestantes consigam permanecer no local por um longo tempo, os organizadores trouxeram comida para os presentes.
Vale lembrar que o pedido pela ação dos militares é inconstitucional, visto que a Constituição de 1988 proíbe intervenção militar sob pretexto de "restauração da ordem".
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