As manifestações de caminhoneiros e grupos pró-Bolsonaro que estão bloqueando, desde segunda-feira (31/10), as rodovias brasileiras começam a prejudicar o abastecimento de supermercados pelo país. Nesta terça-feira (1º/11), o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Galassi, pediu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre o assunto. Os protestos começaram por causa do resultado das eleições presidenciais do segundo turno.
"O presidente da Abras pediu apoio ao presidente Jair Bolsonaro a respeito das dificuldades de abastecimento que já começam a enfrentar os supermercadistas em função da paralisação dos caminhoneiros nas estradas do país", divulgaram, em nota, pela manhã.
A entidade ainda não divulgou os dados sobre os desabastecimentos e nem que regiões estão sendo mais prejudicadas. Galassi atualizará a situação do país em uma coletiva prevista para as 15h.
Pela manhã, o presidente do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, autorizou que as Polícias Militares estaduais atuem com “medidas necessárias” contra os bloqueios rodoviários federais, estaduais e municipais. Definiu, ainda, que os governos estaduais tem autonomia para definir as estratégias.
Além disso, definiu que os caminhões e condutores identificados pela polícia como os causadores dos bloqueios serão autuados com multa de R$ 100 mil por hora de descumprimento e presos em flagrante por praticarem o crime antidemocrático contra a segurança nacional.
O governador de Minas Gerais e aliado de Bolsonaro, Romeu Zema (Novo), foi um dos primeiros governantes a se posicionar contra os bloqueios de estradas. O estado conta com a maior malha rodoviária do país, com cerca de 16% da soma de todas as rodovias, e tem rotas essenciais para o abastecimento de rotas no eixo-Sul e Sudeste. "A eleição já acabou, temos que assegurar o direito de todos de ir e vir, e também que mercadorias cheguem onde precisam pra não haver desabastecimento. Vamos cumprir a lei", anunciou em sua rede social.
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