As manifestações contra a vitória de Luis Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais estão provocando uma série de paralisações pelo país. No Rio de Janeiro, manifestantes fecharam as principais vias da capital fluminense. Há relatos de agressão e empresas de ônibus que circulam pela Via Dutra chegaram a suspender a venda de passagens.
"Protestar é um direito de todos. O que não pode é baderna e prejudicar o povo trabalhador em razão da ação de pequenos grupos claramente com fins políticos. Na cidade do Rio não iremos permitir. A GM manterá a livre circulação em nossa cidade, certamente com o apoio da PM", postou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, no Twitter, nesta terça-feira (1°/11), em referência à ação da Guarda Municipal.
???????? Com inércia do governo federal, prefeito Eduardo Paes autoriza o uso da Guarda Municipal para desobstruir estradas do Rio de Janeiro.pic.twitter.com/KFzg3vfEG6
— Eixo Político (@eixopolitico) November 1, 2022
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Os protestos promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no último domingo (30), continuam. Segundo informações da Policia Rodoviária Federal ( PRF), as manifestações já fecharam ao menos 300 estradas ao redor do país.
Segundo a Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), além da GM, equipes da Subsecretaria e do BRT Seguro atuam para "combater ilegalidades, manter a fluidez do trânsito, a desobstrução das vias e garantir a segurança da população nas vias municipais".
O prefeito, Eduardo Paes que declarou apoio ao candidato Lula durante a campanha presidencial, chegou a postar em suas redes sociais a ficha de um dos participantes dos protestos bolsonaristas nas rodovias. "Vai vendo! Cidadão patriota e 'do bem' tentando fechar a TransOeste na manhã de hoje", escreveu o prefeito.
Ainda ontem, Estudantes do curso de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) relataram ao Estadão terem sido ameaçados por um grupo bolsonarista que bloqueou a Rodovia Presidente Dutra, no sul do Estado da capital.
Segundo os estudantes, os ativistas ameaçaram queimar quem tentasse atravessar. Também conforme os universitários, agentes da Polícia Rodoviária Federal testemunharam as ameaças e não intervieram.
A maioria do Superior Tribunal Federal (STF) validou a determinação do ministro Alexandre de Moraes à PRF e às polícias militares dos estados para que desbloqueassem as vias públicas interditadas por caminhoneiros bolsonaristas desde domingo. A decisão teve a maioria durante o plenário virtual convocado pela ministra Rosa Weber na madrugada desta terça-feira.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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