NOVO GOVERNO

Política ambiental será "do conjunto do governo", diz Marina Silva

O GT do Meio Ambiente do governo de transição apresentou nesta quarta (30/11) uma prévia dos seus trabalhos no CCBB

Victor Correia
postado em 30/11/2022 16:55 / atualizado em 30/11/2022 18:49
Marina Silva durante coletiva de imprensa no CCBB -  (crédito: Victor Correia/CB/D.A. Press)
Marina Silva durante coletiva de imprensa no CCBB - (crédito: Victor Correia/CB/D.A. Press)

A ex-ministra do Meio Ambiente e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-AP) declarou nesta quarta-feira (30/11) que a política ambiental a partir do ano que vem será "do conjunto do governo", e não apenas do Ministério do Meio Ambiente. Marina participou nesta quarta de coletiva de imprensa do grupo de trabalho (GT) do Meio Ambiente, na qual a equipe deu uma prévia dos trabalhos até o momento.

"A política ambiental brasileira será uma política transversal. Em 2003 era do Ministérios do Meio Ambiente. Agora ela é do conjunto do governo", disse Marina no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). "Se não dermos conta de reduzir desmatamentos, a taxa de perda da biodiversidade, a gente não vai ter conseguido nada", acrescentou.

O GT de Meio Ambiente da transição apresentou nesta tarde uma prévia sobre seus trabalhos. Estavam na coletiva ainda o coordenador dos GTs, Aloizio Mercadante, o ex-governador do Acre e coordenador do GT do Meio Ambiente, Jorge Viana, e os ex-ministros do Meio Ambiente Izabella Teixeira e Carlos Minc, entre outros membros do GT.

A equipe apontou dificuldade em obter informações do atual Ministério do Meio Ambiente, mas que há cooperação por parte das equipes técnicas de órgãos ambientais. Um dos pontos criticados no atual governo é o desmonte da fiscalização dos crimes ambientais, como o desmatamento. Segundo Marina Silva, haverá “impunidade zero” no novo governo, e há sinais de que alguns grupos criminosos na região Amazônica estão intensificando o desmatamento antes da troca de governo.

“Há um indício de que estão tentando fazer tudo de contravenção que podem fazer”, afirmou a ex-ministra. “O futuro governo não dará a perspectiva de impunidade”, completou.

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