O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa comenou, nesta quarta-feira (30/11), sobre o valor esperado para a PEC da Transição, que “não adianta você querer decidir na técnica o que é uma decisão do Congresso Nacional”. Segundo Barbosa, que integra o grupo de trabalho (GT) de Economia do governo de transição, a tramitação do texto no Congresso pode ajudar a diminuir as preocupações do mercado com a matéria.
“Tem algumas questões que começam na política. Não adianta você querer decidir na técnica o que é uma decisão do Congresso Nacional”, declarou Barbosa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição. “Acho que a tramitação da PEC vai diminuir grande parte desse ruído sobre os valores e sobre os nomes. Como eu disse, o (Fernando) Haddad é um dos melhores quadros políticos do país. Qualquer função que ele desempenhar no governo Lula, tenho certeza que ele vai desempenhar muito bem”, acrescentou.
Haddad é um dos mais cotados para assumir a pasta da Economia. Sua escolha, inclusive, é dada como certa por alguns integrantes da transição. No novo governo, o atual ministério deve ser desmembrado em três: Economia, Planejamento e Indústria e Comércio.
Barbosa ressaltou que a PEC em tramitação não prevê valores, embora a estimativa atual seja de R$ 198 bilhões. O ex-ministro disse que a definição do montante será feito no Congresso, mas considera o valor das PECs alternativas muito baixo em relação ao desmonte orçamentário que vem sendo apontado em diversos setores pelos GTs da transição.
“Eu acho R$ 70 bilhões baixo. R$ 70 bilhões é um valor baixo porque cobriria a manutenção apenas dos R$ 600 (do Bolsa Família) que, segundo estimativas do governo em exercício, custa R$ 52 bilhões. Então abriria um pequeno espaço para os outros programas”, disse o ex-ministro. “A discussão orçamentária, por enquanto, é de abrir o espaço necessário para que o Orçamento atenda às prioridades da sociedade”, completou.
Segundo Nelson Barbosa, há uma previsão de aumento de receita de arrecadação para o próximo ano, o que daria um fôlego no orçamento, mas que o novo governo depende de uma atualização da previsão dessas receitas fornecida pela atual gestão para ajustar a previsão orçamentária.
“Vários especialistas na matéria já deram entrevistas dizendo que, para 2023, (o resultado primário) parece subestimado. Que o resultado primário do ano que vem tende a ser melhor, e isso ajuda não só o novo governo, mas também o povo brasileiro”, afirmou o ex-ministro.
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