Novo Governo

Haddad acompanhará reuniões do GT de Economia da transição a pedido de Lula

O ex-prefeito de São Paulo é cotado para assumir a liderança do Ministério da Fazenda — que será recriado no governo Lula, substituindo o atual Ministério da Economia

Ingrid Soares
postado em 28/11/2022 23:09
 (crédito: Divulgação/PT)
(crédito: Divulgação/PT)

O ex-ministro Fernando Haddad (PT) afirmou, na noite desta segunda-feira (28), que foi autorizado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a participar de reuniões de transição com o grupo de trabalho da Economia. A declaração ocorreu após reunião com o petista no CCBB. O nome de Haddad é cotado para assumir o Ministério da Fazenda. 

Segundo Haddad, ele deverá se reunir a partir desta terça-feira (29/11) com nomes da área como Guilherme Mello, Gabriel Galípolo e Nelson Barbosa. Questionado se recebeu convite para ser ministro da Economia, o petista disse que até o momento foi “convidado exclusivamente” para interagir com o grupo de transição.

“Não. Eu fui convidado exclusivamente para interagir com o grupo de economia que fez a transição até aqui. Não recebi nenhum outro convite”, declarou.

Perguntado se faria parte oficialmente do grupo, rebateu: “Eu não sei se oficialmente. O presidente me pediu para acompanhar tanto quanto fosse possível as reuniões do grupo de transição da Economia”.

Haddad afirmou ainda não saber se o ministro da pasta será anunciado ainda nesta semana. “Eu também não sei. Eu fui convidado para participar das reuniões a partir de amanhã à tarde, eu devo começar a conversar com o grupo de economistas da transição. Não sei quem vai estar aqui, mas vou ter uma conversa com Guilherme Mello amanhã de tarde, um café da manhã com Gabriel Galípolo e devo encontrar com Nelson Barbosa. Ou seja, estou autorizado pelo presidente a interagir com os integrantes do grupo da economia e, eventualmente, participar de reuniões”.

Novamente questionado se estaria preparado para assumir a Economia, ele evitou responder. “Esse tipo de pergunta não cabe porque qualquer resposta constrange o presidente da República, que é a pessoa que vai compor a sua equipe”.

Já sobre as condições do prazo da PEC protocolada nesta segunda-feira — que pretende deixar fora do teto a Bolsa Família por quatro anos — Haddad preferiu não opinar e alegou não estar informado do conteúdo do texto.

“Soube pela imprensa que o texto da PEC tinha sido apresentado. Perguntei a razão e me disseram que foi por causa dos prazos de tramitação. Eu mesmo passarei a integrar o grupo de economistas a partir de amanhã. Ainda não fiz nenhuma reunião com o grupo de Economia e, depois que estive na Febraban e fui ao presidente Lula na tarde de sexta-feira, ele pediu que a partir de amanhã, quando alguns economistas estarão aqui a partir do final da tarde de amanhã, eu vou encontrá-los, alguns deles para me apropriar desses assunto e poder interagir”, apontou.

Sobre a repercussão de sua participação na Febraban, emendou: “Eu fui lá na condição de representante do presidente Lula. Não fui lá como integrante do grupo de economia da transição com o qual eu vou interagir amanhã. Como eu podia ir na Febraban levar uma notícia que eu não tinha? Eu entendo, da parte dos operadores de mercado, a ansiedade em saber como essas negociações vão transcorrer, mas eu não era a pessoa indicada para cumprir esse papel e deixei claro isso quando declinei o convite de ir a Febraban como pessoa física. E fui na condição de representante do presidente Lula, depois que ele me ligou pedindo para ir”, concluiu.

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