COPA DO MUNDO

Preta Gil sobre ofensas ao pai no Catar: 'Bolsonarismo mata e fere'

Agressões verbais aconteceram na última quinta-feira, na vitória da Seleção Brasileira sobre a Sérvia por 2 a 0, em duelo válido pelo Grupo G

Estado de Minas
postado em 27/11/2022 15:34 / atualizado em 27/11/2022 22:11
 (crédito: Preta Gil/Instagram/Reprodução)
(crédito: Preta Gil/Instagram/Reprodução)

Preta Gil, filha do cantor Gilberto Gil, declarou apoio ao pai neste sábado (27/11) após o artista ser hostilizado por bolsonaristas na vitória da Seleção Brasileira sobre a Sérvia, por 2 a 0, na última quinta-feira, no Estádio Lusail, no Catar.

"O que aconteceu com meu pai e Flora no dia do jogo do Brasil no Catar, onde foram agredidos verbalmente por um bolsonarista violento é assustador", disse em suas redes sociais.

De acordo com Preta, ela e o pai pensam parecido a respeito de conviver com o diferente. "Estamos acostumados, e mais que isso, tentamos de forma muito civilizada essa convivência sem nos sentirmos ameaçados e tão pouco ameaçar", declarou.

A cantora ressaltou que, para ela, nem todo eleitor de Bolsonaro é uma escória da humanidade, mas que o autor do ataque é. "O que ele fez com meu pai foi tão agressivo, tão nojento, tão violento, que devemos sim nos revoltar. O bolsonarismo mata e fere, isso tem que acabar".

Gil caminhava com a esposa, Flora Gil, para deixar o estádio, quando foi perseguido e ofendido. No vídeo, é possível ver o momento no qual o casal é abordado por dois homens, um deles trajado com a camisa do Brasil (o outro é quem filma e não aparece no conteúdo), e ouvir frases como "Vamo, Lei Rouanet", em referência à lei de incentivo a projetos culturais, e "Vamo, Bolsonaro". Há também um xingamento ao músico, que apoiou Luiz Inácio Lula da Silva na última eleição presidencial.

Gil responde ataques

O cantor, de 80 anos, se manifestou dizendo que "os inconformados estão querendo manter essa coisa do ódio, da agressividade". Segundo Gil, este momento poderia ser chamado de "terceiro turno" das eleições.

"Obrigado a todos pela corrente de solidariedade, aos amigos que ligaram e se manifestaram nas redes sociais. Amanhã estaremos torcendo pela seleção brasileira e por um Brasil sem ódio", publicou em sua página no Twitter.

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