A pesquisadora e divulgadora científica, Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, apresentou ao governo de transição um projeto para dar autonomia ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). O documento sugere que a iniciativa seja delegada a um departamento dentro do Ministério da Saúde, e não a uma coordenação como é hoje.
“Cada recomendação que o PNI faz pode ser alterada ou mesmo reprovada pelo diretor do departamento, pelo secretário-executivo ou pelo próprio ministro, e o PNI fica muito travado”, declarou a doutora em microbiologia nesta sexta-feira (25/11), na saída da reunião com o grupo de trabalho (GT) de Saúde do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
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“Isso nunca foi um problema antes porque a gente nunca teve um governo negacionista. Mas, quando apareceu um governo negacionista, e a gente infelizmente não tem como garantir que isso não se repita, a gente viu como a estrutura do PNI é frágil”, afirmou ainda Pasternak. A proposta foi apresentada aos ex-ministros da Saúde Arthur Chioro e José Gomes Temporão, membros do GT.
Para a pesquisadora, o programa de imunização brasileiro sempre foi prestigiado, mas sofreu sucateamento durante o governo Bolsonaro. A mesma sugestão para dar autonomia ao PNI foi apresentada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) à transição. Segundo Pasternak, o novo governo demonstrou apoio à proposta.
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