Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT) declarou nesta quinta-feira (24/11) que “está faltando articulação política no Senado” para a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição. A coordenadora política do governo de transição rebateu uma fala do senador Jaques Wagner (PT-BA) de mais cedo, quando o parlamentar avaliou que faltaria a indicação do ministro da Fazenda para o texto prosseguir.
“Tá faltando articulação política no Senado. Por isso que eu acho que nós travamos na PEC. A forma como foi iniciado o processo, sem falar ou sem formatar uma base mais forte de governo. Não é falta de ministro, não”, respondeu Gleisi em coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição. A conversa com a imprensa ocorreu logo após o fim do jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo, assistido pela equipe de transição no teatro do CCBB.
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Aposta e ausência de Lula
Durante o jogo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) brincou que a tramitação da PEC da Transição estava no “zero a zero” no Senado, e indicou que outros caminhos podem ser tomados para garantir a manutenção do Bolsa Família em R$ 600. Questionada, porém, Gleisi disse que mantém a aposta na PEC.
“Eu aposto muito na solução política, como diz o presidente. Acho que o Congresso Nacional tem responsabilidade para com o país e para com o povo brasileiro, porque o que nós estamos colocando na PEC é exatamente aquilo que foi aprovado pela população brasileira nas eleições presidenciais. Acho que a Casa tem ressonância em relação a isso. Nós vamos apostar”, disse a coordenadora política de transição.
Gleisi lamentou ainda que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tenha podido estar em Brasília hoje, ainda por recomendação médica, após ser submetido no último domingo (20) a uma laringoscopia, mas disse que terá uma reunião com ele, em São Paulo, onde deve tratar da proposta e também da formação do grupo de trabalho da Defesa, último a ser montado.
Membros da transição avaliam que a ausência do petista nas articulações possa estar prejudicando as definições do novo governo. “Mas semana que vem ele [Lula] vem aqui. Se o problema for ele vir, está resolvido”, frisou Gleisi.
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