O senador Jean Paul Prates (PT-RN) rebateu, nesta quinta-feira (24/11), a especulação por bancos de investimentos em relação às futuras políticas para a Petrobras, que levaram a uma queda nas ações da estatal. Segundo Prates, que lidera o trabalho da transição no setor de combustíveis e petróleo, “não vai haver pé na porta de ninguém”. “Não há razão para dar sustos”, garantiu.
“Ontem, por exemplo, eu vi de novo essa lenga-lenga de que o governo de transição, que as pessoas que estão falando de Petrobras, são terraplanistas. Isso especificamente me irritou bastante, porque nós estamos tendo todo o cuidado do mundo para assegurar ao mercado que não vai haver medida interventiva, não vai haver pé na porta de ninguém”, declarou Prates à imprensa no Centro Cultural Branco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do governo de transição.
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Prates reuniu-se nesta manhã com o subgrupo de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, que compõe o grupo de trabalho (GT) de Minas e Energia. O senador é um dos cotados para assumir a Petrobras no novo governo em razão da sua atuação no campo dos combustíveis.
Jean Paul Prates criticou os movimentos especulativos do mercado em relação à Petrobras. Nos últimos dias, houve queda de ações da petroleira após recomendações de bancos de investimento, como o UBS, Morgan Stanley, Itaú e Bradesco. Os bancos apontam incerteza em relação à futura política da Petrobras.
“Nós não estamos passando essa insegurança em momento nenhum. Nós passamos três semanas antes da campanha — poucos aqui sabem — conversando com um a um, com esses bancos de investimento, com mais de 30 pessoas, tranquilizando essas pessoas”, afirmou Prates. “Quem está especulando com isso está fazendo por sua própria conta e risco. O mercado às vezes tem elementos que atuam desse jeito, tentam especular com declarações que a gente não deu”, acrescentou.
Diálogo
Em coletiva após o encontro desta manhã, Prates citou que as decisões relativas à Petrobras serão tomadas em diálogo com os setores envolvidos, mas que o governo tem, sim, a intenção de rever as políticas. Uma das citadas é a distribuição de dividendos. “Um dos relatórios que saiu essa semana, do Bradesco, mostra claramente que a política de dividendos, de 100% de distribuição, está completamente anacrônica em relação a qualquer empresa de petróleo do mundo, inclusive à Vale também como mineração do Brasil”, declarou.
O senador terá amanhã sua primeira reunião com o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, para tratar do fluxo de informações entre a estatal e a transição. “Tem algumas coisas que a gente quer entender como é o procedimento, se é através do Ministério [de Minas e Energia]”, comentou Prates sobre o encontro.
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