Ex-candidato à Presidência pelo partido Novo, em 2018, o empresário João Amoêdo classificou como “acertada” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que negou o pedido do presidente do PL, deputado federal Valdemar Costa Neto, para anular o segundo turno da eleições presidenciais.
No Twitter, Amoêdo relacionou a ação do cacique do Partido Liberal ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e enfatizou o que chamou de "risco que o atual presidente representa para a nossa democracia".
A ação de Valdemar da Costa Neto, em cumplicidade com Bolsonaro, demonstra, mais uma vez, o risco que o atual presidente representa para a nossa democracia.
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) November 24, 2022
A acertada decisão de Alexandre de Moraes impediu uma tentativa golpista.
Em outro tuíte, João Amoêdo citou o trecho da decisão de Moraes em que o ministro do TSE classifica a ação do PL de "total má-fé" e diz que a legenda tentou utilizar a Justiça para ir de encontro ao funcionamento do Estado Democrático de Direito.
"A total má-fé da requerente em seu esdrúxulo e ilícito pedido, ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito e realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e anti-democráticos(..) ficou comprovada"
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) November 24, 2022
Trecho da ótima decisão
PL questionou segundo turno
Na terça-feira (22/11), Valdemar Costa Neto convocou uma coletiva de imprensa para afirmar que o PL pediria a anulação do resultado do segundo turno do pleito deste ano. No anúncio, o deputado estava ao lado do presidente do Instituto Voto Legal, o engenheiro Carlos Rocha, que defendeu que houve problemas nas urnas eletrônicas.
Diante disso, Alexandre de Moraes deu um prazo de 24h para que o PL expusesse as provas da denúncia. Esses supostos materiais, no entanto, não foram entregues ao tribunal.
Logo, o presidente do TSE negou o pedido da legenda de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, aplicou a multa de R$ 22,9 milhões, além de determinar o bloqueio dos fundos partidários dos partidos da coligação que apoiou o então candidato à reeleição Bolsonaro.
Entre os partidos que apoiaram mais um mandato do atual presidente, além da agremiação do candidato, a decisão de Moraes retirou o fundo partidário o Republicanos e do Progressistas.
Amoêdo e o Novo
João Amoêdo foi expulso do Novo, por quatro votos a três na Comissão de Ética Partidária. A votação interna ocorreu em outubro, três dias antes do segundo turno das eleições.
A decisão da legenda ocorreu porque o empresário anunciou seu apoio à candidatura do então candidato e presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao explicar sua decisão de fomentar o petista, Amoêdo disse que Bolsonaro "apresenta um risco substancialmente maior" ao país do que Lula. A manifestação dele gerou forte reação entre dirigentes do partido. O presidente nacional da legenda, Eduardo Ribeiro, classificou a declaração como "vergonhosa, constrangedora e incoerente".
Ao receber o comunicado da expulsão do partido, João Amoêdo disse estar "surpreso e indignado". Segundo ele, os membros que assinaram o pedido de suspensão e a expulsão declararam voto no então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
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