COLETIVA DO PL

Costa Neto em novo pronunciamento: 'Não se trata de pedir outra eleição'

Para o presidente do PL, a intenção do partido não foi apontar provas de fraude e sim indícios que fazem questionar processo eleitoral

Ana Mendonça - Estado de Minas
postado em 23/11/2022 19:26 / atualizado em 23/11/2022 19:26
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

O presidente do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto, convocou uma nova coletiva para falar sobre o relatório do partido que questiona o resultado do segundo turno das eleições presidenciais. Para ele, o relatório não foi feito para gerar uma nova eleição e sim para apontar indícios que fazem questionar o processo eleitoral em si. De acordo com Costa Neto, a mídia deu a entender que o PL não apontou provas sobre uma possível fraude. Segundo ele, apontar "provas" nunca foi a intenção do partido.

“Numa democracia temos os poderes. Temos que viver bem e ter uma relação próxima entre si. O que não podemos ter é um fantasma. Como um fantasma da eleição de 2022. Por isso, pedimos que o TSE... Não é uma nova eleição. Não faz sentido. É uma coisa que envolve várias pessoas. É uma loucura. Atinge a vida dos senadores, dos governadores… não era essa nossa intenção. Nossa intenção é a discutir a história do Brasil. Como vamos viver com o fantasma da eleição? TSE está aí para isso", afirmou.

Nessa terça-feira (22/11), o PL pediu a anulação de 279.336 urnas no segundo turno. No documento, o partido diz que houve falhas insanáveis que colocaram em risco o resultado da disputa entre Bolsonaro e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O texto cita ainda um relatório de auditoria que apontava fragilidade de tecnologia da informação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para colocar em dúvida a segurança da votação. "O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à implantação de medidas de segurança da informação mínimas necessárias gera vulnerabilidades relevantes. Isso poderá resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro", diz o PL.

Depois do anúncio, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, deu 24 horas para o PL incluir na petição os dados da suposta auditoria também no primeiro turno das eleições, sob pena de indeferimento incial. O prazo terminou hoje, minutos antes da coletiva de Valdemar da Costa Neto.

Eleições

Lula foi eleito presidente do Brasil com 60.345.333 votos (50,9% dos válidos). No dia 1º de janeiro de 2023, ele assume o terceiro mandato não consecutivo à frente do Palácio do Planalto e se torna o político mais vezes levado ao comando do Poder Executivo pelo voto direto na história da República. O petista já havia dirigido o país de 2003 a 2010.

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