Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Lasier Martins (Podemos-RS) e Plínio Valério (PSDB-AM) realizaram uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (23/11), no Senado Federal, para anunciar que entraram com um pedido de impeachment de Luis Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Nos senadores da República, que respeitamos os brasileiros, e a Constituição Federal, estamos aqui agora entrando com um pedido de impeachment robusto, do ministro Luis Roberto Barroso, embasado no trabalho feito com juristas", disse Girão.
Segundo Girão, são três os pontos principais incluídos no pedido. O primeiro seria a atuação político-partidária em reunião com lideranças partidárias, caracterizando interferência direta em outro poder na ocasião da votação da PEC do voto auditável. “Coincidentemente, após essa reunião, deputados que eram a favor do voto auditável foram substituídos por deputados que eram contra o voto auditável”, aponta.
O segundo ponto é que o ministro não se declarou suspeito nos julgamentos envolvendo a legalização das drogas e do aborto no Brasil, mesmo tendo feito palestras no exterior advogando a favor de ambas as causas. E o terceiro ponto listado no pedido de impeachment diz respeito ao jantar reservado, enquanto estava nos EUA, com o advogado de Lula, Cristiano Zanin.
“O ministro Luís Roberto Barroso votou na anulação dos processos do Lula, ou seja, ele ajudou a anular as condenações, o que permitiu que o ex-presidente Lula se candidatasse nessas eleições”, completou o ministro.
As críticas a Barroso aumentaram após um episódio da semana passada, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde o ministro do STF respondeu um brasileiro que o questionou sobre o resultado das eleições. Enquanto Barroso caminhava por uma rua da cidade norte-americana, o manifestante o perguntou se ele vai "responder às Forças Armadas" e se "vai deixar o código-fonte ser exposto".Barroso respondeu com um "Perdeu, mané. Não amola!"
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