NOVO GOVERNO

GT de Saúde da transição discute reposição de pessoal para Anvisa

O presidente da Anvisa estima que para o próximo ano a agência fique desfalcada em aproximadamente 600 servidores, por isso diz que é urgente a realização de concurso público

Tainá Andrade
postado em 23/11/2022 13:33
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em reunião entre o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Anderson Barra Torres, e o GT de Saúde da transição, na manhã desta quarta-feira (23/11), o ponto principal abordado foi a necessidade da agência em realizar concurso público. De acordo com Torres, a necessidade de reposição de cerca de 600 servidores é essencial para manter as atividades.

"A estimativa é de que mais de 1.000 servidores sejam necessários, porque temos atualmente 1.600, dos quais 600 já estão com mais de 30 anos no serviço público ou abono de permanência e podem nos deixar a qualquer momento. Então, é o número aproximado acima de 1000 servidores que seriam necessários, obviamente não se espera conseguir isso em um único concurso”, explicou.

A expectativa é que o pedido seja atendido em 2023, ainda que não tenha se firmado o compromisso. Mesmo assim, o presidente da agência diz ter percebido "a nítida preocupação nesse sentido" dos membros do comitê ao sanarem as dúvidas e entenderam a importância da Anvisa repor o pessoal com celeridade.

"Precisamos de gente para trabalhar e cumprir com os compromissos que a agência tem. Nesse ponto fomos muito claros, mostramos os números, as necessidades", disse o presidente da agência.

De acordo com Torres, mais informações gerais a respeito de quadros de servidores, orçamento e projetos em andamento tinham sido enviadas, de forma escrita, pela Casa Civil até ontem - limite do prazo estabelecido pelo GT.

Diálogo com novo governo

Sobre a relação com o novo governo, questão que Barra Torres teve que gerenciar com cuidado na gestão de Jair Bolsonaro (PL), durante todo o período de pandemia, o presidente da reguladora ponderou que a conduta ética e científica encontra adesão e facilidade na hora de dialogar.

“A agência é de estado e tem uma atividade eminentemente técnica. Ela sempre encontra eco, receptividade, eu não vejo nenhuma perspectiva de problema como também, digo que durante todo o período que atravessamos até agora, por nos pautarmos pela técnica e boa conduta científica esse é o norte que a agencia usou e sempre continuará usando”.

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