Manifestantes bolsonaristas hostilizaram passantes e jornalistas nesta terça-feira (22/11) no Brasil 21, zona central de Brasília. Grupos que estão acampados em frente ao Quartel-General do Exército foram ao local acompanhar coletiva de imprensa convocada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para apresentar um relatório de supostas irregularidades nas urnas eletrônicas.
Os bolsonaristas tentaram entrar na sala onde foi realizada a coletiva e foram contidos, em grande parte, pela segurança do local. Alguns, porém, conseguiram entrar. Durante o pronunciamento, mais grupos chegaram ao local, vestidos de verde e amarelo e portando bandeiras do Brasil. Os manifestantes hostilizaram algumas pessoas que passavam no centro comercial. Houve xingamentos e ameaças de violência, inclusive contra jornalistas que entravam na coletiva a convite do PL.
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Os grupos entoaram cantos como "Se for preciso a gente acampa, mas o ladrão não sobe a rampa" e "Supremo é o povo, cabeça de ovo", em referência ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Segundo apurou o Correio, cerca de 20 manifestantes bolsonaristas seguiram logo após o fim da coletiva para o Congresso Nacional, e conseguiram entrar no prédio após o senador Zequinha Marinho (PL-PA) liberar a entrada.
Relatório contra as urnas eletrônicas
Durante a coletiva, Valdemar Costa Neto apresentou um documento produzido a pedido do partido que apresenta supostas provas de irregularidades nas urnas eletrônicas. "Não somos especialistas em segurança de dados, por isso fomos atrás de técnicos que fizessem esse trabalho para garantir a transparência do processo eleitoral. Até porque eu, Valdemar, fui eleito com urna eletrônica, e a bancada do PL foi eleita por urna eletrônica", disse o presidente do partido de Jair Bolsonaro (PL).
Em seguida, quem falou foi o engenheiro Carlos Rocha, que participou da auditoria contratada pelo PL. Segundo ele, foi constatada uma falha no log das urnas antigas, fabricadas antes de 2020, o que poderia desqualificar seu uso na contagem de votos. Segundo apontado na coletiva, cerca de 250 mil equipamentos do tipo forma usados.
O engenheiro afirmou ainda que algumas urnas travaram durante as eleições "como o seu computador trava, como o seu celular trava". Segundo ele, o processo de reinicialização comprometeria o sigilo do voto. Chagas disse ainda que a intenção é colaborar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na apuração das irregularidades. O documento foi enviado à Corte.
O processo eleitoral foi acompanhado por dezenas de entidades nacionais e internacionais, incluindo o TSE, Tribunal de Contas da União (TCU) e as Forças Armadas. Até o momento, não foram apresentadas provas de irregularidades. O próprio código das urnas eletrônicas foi auditado antes da votação, sem falhas encontradas até o momento.
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