NOVO GOVERNO

"Não é o momento adequado", diz Pimentel sobre reforma da Previdência

Ex-ministro da Previdência declarou ainda, nesta segunda (21/11), que a prioridade do grupo de transição será avaliar a fila do INSS e a retomada de sistemas informatizados

Victor Correia
postado em 21/11/2022 12:09
 (crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)
(crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O ex-ministro da Previdência Social José Pimentel (PT-CE) declarou nesta segunda-feira (21/11) que não é o momento de se discutir uma reforma da Previdência. Pimentel, que integra o grupo técnico de Previdência do governo de transição, disse ainda que a prioridade da equipe é fazer um diagnóstico da atual fila para receber o benefício, além de recuperar os sistemas informatizados que funcionavam entre 2009 e 2015.

“Até a PEC da Transição está dando esse problema todo. Tratar de emenda previdenciária, não é o momento adequado não. A nossa prioridade vai ser melhorar o atendimento”, disse o ex-ministro à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do governo de transição.

“Sem TI (Tecnologia da Informação) não tem melhoria. Em 2009 nós tínhamos em torno de 60% dos benefícios da Previdência que eram concedidos em até 30 minutos, através do reconhecimento automático do direito previdenciário. Isso foi desativado, esse é o problema”, acrescentou Pimentel.

O grupo técnico se reúne pela segunda vez nesta segunda-feira. O ex-ministro afirmou que o cronograma do grupo é entregar um primeiro relatório até o dia 30 de novembro, um segundo até 11 de dezembro e o relatório final no fim do ano.

Sobre a fila do INSS, Pimentel afirma que há em torno de 2 milhões de pessoas, e que seu grupo de trabalho fará um diagnóstico de quem são essas pessoas e o que é preciso fazer para zerar a fila. Ele também criticou a contratação de 2.550 servidores e militares feita pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) com a promessa de zerar a fila, o que não ocorreu.

“Tem que compreender que a previdência é um seguro. As pessoas pagam e têm o direito de receber”, declarou o ex-ministro. “Se o Brasil não sabe nem quantos são os que estão na fila, o primeiro passo é esse”, completou.

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