O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA) na noite desta quinta-feira (17/11) com dores abdominais. A informação foi confirmada pelo Estadão por meio fontes do Gabinete de Segurança Institucional. De acordo com as informações, Bolsonaro está realizando exames e uma nova cirurgia está sendo avaliada.
Segundo a Agência Estado, o diagnóstico atual é de uma nova hérnia na cicatriz da cirurgia, que já foi operada uma vez, em 2019. Em 2018, durante a campanha eleitoral, Bolsonaro sofreu uma facada que perfurou o intestino grosso. Desde então, o presidente já passou por quatro cirurgias em decorrência do episódio.
Em janeiro deste ano, Bolsonaro afirmou que está com uma “hérnia grande” do lado direito da barriga e que “talvez” precise incluir uma tela cirúrgica para tratar o problema. “Eu estou com uma hérnia grande do lado direito, talvez tenha que colocar uma tela aqui. No resto, tudo bem. Estou louco para comer um salgadinho aí, mas está a esposa aí. Se ela não estivesse, já tinha traído o doutor Macedo. É a vida”, afirmou o chefe do Executivo a jornalistas em Brasília.
O atual presidente está recluso no Palácio da Alvorada há duas semanas, desde que foi derrotado nas eleições de 2022. O vice, Hamilton Mourão, chegou a afirmar que Bolsonaro está com feridas na perna, que o impedem de colocar calças.
“É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda?”, afirmou o vice-presidente ao Globo.
Desde que foi derrotado por Lula, em 30 de outubro, Bolsonaro só apareceu em público uma vez, dois dias depois. Ele também esteve no Planalto na semana seguinte de surpresa, em uma rápida passagem, quando foi convencido por aliados a dizer para o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) que está à disposição para a transição.
O Correio entrou em contato com a Secom, mas ainda não teve retorno.
"Se preciso for, a vida pela liberdade"
O presidente Jair Bolsonaro (PL) levou uma facada em 6 de setembro de 2018, durante a campanha eleitoral. Desde então, realizou 6 procedimentos cirúrgicos. Ao relembrar o episódio, em setembro do ano passado, ele escreveu: "Há exatos 3 anos tentaram me matar. Agradeço a Deus pela sobrevivência. Hoje, se preciso for, a vida pela liberdade".
Na data do ocorrido, Bolsonaro estava nos ombros de um apoiador quando um homem se aproximou e desferiu o golpe. Na época ainda deputado, foi socorrido e levado à Santa Casa da Misericórdia. O agressor foi identificado como Adélio Bispo de Oliveira, natural de Montes Claros, também em Minas Gerais. Ele foi preso pela Polícia Federal, após ser agredido por populares, assim que cometeu o atentado contra o então candidato e permanece na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).
Ainda que o presidente e apoiadores acreditem na existência de um mandante do crime, a PF concluiu que ele agiu sozinho. A corporação analisou objetos que pertenciam a Adélio, dentre aparelhos celulares e um computador. A corporação periciou ao menos 2 terabytes de arquivos de imagens, 350 horas de vídeo, 600 documentos, 700 gigabytes de volume de dados de mídia, 1,2 mil fotos e mais de 40 mil e-mails. A PF ainda entrevistou 102 pessoas e outras 89 testemunhas.
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