O comparecimento do brasileiro às urnas nas eleições gerais deste ano manteve uma média internacional, de acordo com o diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa, Felipe Nunes. No segundo turno da eleição presidencial deste ano, em 30 de outubro, cerca de 32,1 milhões de brasileiros não votaram, o que deixou o país com taxa de comparecimento de 79,05%.
O índice, segundo o diretor da Quaest, segue o padrão internacional. No Brasil, o voto é obrigatório e há sanção caso o eleito não vote. "O CELAG divulgou informações sobre comparecimento nos países da América Latina. Entre os 17 países estudados, em 6 países não é obrigatório votar, em outros 4 é obrigatório mas não há sanções e, finalmente, em 7 países é obrigatório e há sanções por não conformidade", iniciou Felipe.
1/ A abstenção eleitoral no 1º turno da eleição presidencial foi apontada como responsável como uma das possíveis razões para a não vitória de Lula no 1 turno. Mas será que a abstenção no Brasil está fora dos padrões internacionais? Está maior ou menor?
— Felipe Nunes (@felipnunes) November 16, 2022
Segue o fio… pic.twitter.com/dzmFCVrM82
"Quando não há sanção, o comparecimento é ligeiramente maior nos países onde é obrigatório (64.6%) em comparação com os países onde o voto não é obrigatório (54.6%). Por outro lado, naqueles países onde é obrigatório e há sanção, o comparecimento chegou a 81.6% em média", complementa.
Felipe Nunes ainda cita o caso do Chile, que recentemente alterou o regime eleitoral de facultativo para obrigatório com sanções. "Nesse caso, o comparecimento passou de 47% nas eleições presidenciais (sem obrigação) para 85% no plebiscito (com obrigação e sanção)".
Por fim, o diretor conclui a situação brasileira: "No Brasil, ao contrário do que parecia - que a abstenção estaria próxima da dos países com voto facultativo - o índice de comparecimento em 2022 ficou muito próximo da média dos países onde o voto é obrigatório com sanções".
Com 60.345.999 votos, 50,9% dos votos válidos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República e governará o Brasil de 2023 a 2026. Jair Bolsonaro (PL), que disputava reeleição, teve 49,10%, 58.206.354.
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