EGITO

Lula na COP27: 'Brasil voltará a ser referência na questão climática'

Antes do primeiro dia de agendas oficiais na cúpula do clima, presidente eleito vai se encontrar com líderes internacionais para tratar do meio ambiente

Estado de Minas
postado em 15/11/2022 16:52 / atualizado em 15/11/2022 16:53
Lula conversou com Marina Silva nesta terça-feira (15), em solo egípcio -  (crédito: Ricardo Stuckert/PT)
Lula conversou com Marina Silva nesta terça-feira (15), em solo egípcio - (crédito: Ricardo Stuckert/PT)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, nesta terça-feira (15/11), com a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), para tratar de temas ligados à pauta ambiental. Eles estão no Egito para participar da COP27, a cúpula do clima promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Encontros com emissários internacionais sobre o clima estão nos planos do petista para o primeiro dia dele na conferência.

"O Brasil voltará a ser referência na questão climática mundial", disse Lula, no Twitter, ao relatar a conversa com Marina. Segundo o petista, a reunião com Marina tratou, também, da "participação da sociedade civil brasileira" na COP27.

Hoje, segundo a assessoria de Lula, ele vai se encontrar com o enviado especial do clima dos Estados Unidos, John Kerry. A reunião a portas fechadas deve acontecer no final do dia, no horário local. O presidente eleito deve fazer, também nesta terça, reunião com Xie Zhenhua, enviado do clima da China, e falará ao telefone com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi. Um encontro com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, é outro plano. 

Lula desembarcou em solo egípcio ontem. Nesta quarta-feira (16/11), ele deve fazer um discurso público aos participantes da conferência. A fala está agendada para acontecer perto das 17h15, na "zona azul", local coordenado pela ONU. Na área, costumam ocorrer negociações entre líderes mundiais.

O dia prevê ainda encontro com os governadores Waldez Góes (PDT-AP), Gladson Cameli (PP-AC), Mauro Mendes (União Brasil-MT), Hélder Barbalho (MDB-PA), Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO) e Marcos Rocha (União Brasil-RO). Ao lado do presidente eleito, os líderes locais vão participar do painel "Carta da Amazônia - Uma agenda comum para a transição climática".

Na quinta-feira, Lula vai ter encontro com representantes da sociedade civil brasileira. Estão previstas também conversas com emissários do Fórum Internacional dos Povos Indígenas e do Fórum dos Povos sobre Mudanças Climáticas.

"Que bom voltarmos a ver o Brasil na COP, sendo respeitado e comprometido com o futuro, graças a vitória de Lula, a liderar os esforços para superarmos um dos maiores desafios da humanidade nesse milênio", festejou Marina. No início da semana, ela já havia apresentado, ao governo do Reino Unido, os "compromissos" do aliado para fomentar a pauta ambiental.

Janja visita estandes de ONGs brasileiras

A esposa de Lula, Rosângela da Silva, a Janja, acompanha Lula na viagem ao Egito. Nesta terça-feira, ela visitou estandes de organizações não-governamentais (ONGs) brasileiras que participam da COP27. Em clima informal, Janja posou com placa dizendo "Essa é a mistura do Brasil com o Egito", uma referência à música do grupo de axé É O Tchan.

No caminho para o estande, chamado de Brazil Climate Action Hub, Janja disse levar uma mensagem "de esperança" com a visita do novo governo à COP27.

Transição quer dados sobre Amazônia e cerrado

Ainda sobre a questão climática, mas em solo brasileiro, o governo de transição de Lula fez, ontem, pedido para ter acesso aos mais recentes dados sobre o Projeto de Monitoramento do Desmatamento (Prodes) da Amazônia e do cerrado. A solicitação foi encaminhada à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Solicitamos que os relatórios completos dos dados do Prodes Amazônia e do Prodes Cerrado, no período de agosto de 2021 a julho de 2022, sejam enviados para que possamos analisar as informações", explicou Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito e coordenador-geral da transição. "A informação é de que os números já existem, mas não estão sendo divulgados", protestou.

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