O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, publicou no Instagram, nesta sexta-feira (11/11), um registro do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um culto evangélico em Recife. No vídeo, Bolsonaro aparece chorando, enquanto é consolado por apoiadores.
As imagens são de 13 de outubro deste ano, entre o primeiro e segundo turno das eleições. Na ocasião, Bolsonaro estava cumprindo agenda de campanha em Recife e participou de um encontro de pastores, onde se emocionou com as palavras do líder religioso Paulo Garcia.
“Uma palavra de Deus ao seu coração agora. Ele diz: eu sei das lágrimas que tens derramado em secreto, mas agora eu quero honrá-lo em público. O choro pode durar uma noite, mas pela manhã vem o cântico de Júbilo”, afirmou Garcia. No vídeo, ainda é possível ouvir os fiéis clamarem depois que o pastor pregou a palavra. “Glória a Deus”, “Aleluia”, disseram.
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Com as palavras de exaltação, Bolsonaro limpa as lágrimas no rosto e, em seguida, abaixa a cabeça, com os cotovelos apoiados nos joelhos. Ao perceberem a emoção do presidente, o ex-ministro Gilson Machado e o senador eleito Magno Malta (PL-ES), amparam o chefe do Executivo.
17 dias depois do episódio, Bolsonaro perdeu a disputa presidencial para o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno das eleições, realizado em 30 de outubro.
Bolsonaro recluso após a derrota
Desde que Lula foi oficializado o próximo presidente da República, Bolsonaro tem se mantido recluso. O atual chefe do Executivo demorou cerca de 48h para se pronunciar sobre o resultado das eleições. Dois dias depois da vitória de Lula, Bolsonaro reuniu a imprensa no Palácio do Planalto e falou durante dois minutos e meio.
As lives semanais, tradição durante o governo Bolsonaro, também deixaram de ser realizadas. Em 2 de novembro, o presidente fez uma transmissão ao vivo para pedir aos manifestantes bolsonaristas que desocupassem as rodovias bloqueadas em protestos, esta foi a última vez em que uma live foi publicada por ele.
Além disso, depois do segundo turno, Bolsonaro apareceu apenas duas vezes no Palácio do Planalto. De acordo com a Folha de S. Paulo, aliados do presidente afirmam que esse momento de reclusão é para digerir a derrota.
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