Novo governo

"Não é PEC da Transição, é PEC do Bolsa Família", diz Gleisi

Presidente nacional do PT concedeu coletiva nesta sexta (11/11) após reunião do conselho político da transição.

Victor Correia
postado em 11/11/2022 13:50 / atualizado em 11/11/2022 13:52
 (crédito: Victor Correia/CB/DA.Press)
(crédito: Victor Correia/CB/DA.Press)

O conselho político da transição definiu nesta sexta-feira (11/11), em sua primeira reunião, que a PEC da Transição tratará somente da excepcionalização dos recursos destinados ao pagamento do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que coordena o conselho, anunciou o texto como "PEC da Bolsa Família", e afirmou que a excepcionalização de outras áreas estratégicas, como saúde e obras, não será tratada no texto.

"Não é a PEC da Transição, é a PEC do Bolsa Família" disse Gleisi em coletiva de imprensa após o encontro do conselho político, formado por representantes de 14 partidos. "O consenso [entre os partidos] é de excepcionalizar a totalidade do Bolsa Família. As demais questões serão discutidas no âmbito do Orçamento. A PEC será só para o Bolsa Família", acrescentou. O objetivo do futuro governo é garantir o pagamento do auxílio no valor de R$ 600, mais um adicional de R$ 150 por criança com menos de seis anos.

O conselho político reuniu-se durante esta manhã no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está sediado o governo de transição. Coordenado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a equipe é composta por Eliziane Gama (Cidadania), Juliano Medeiros (PSol), Carlos Siqueira (PSB), Daniel Tourinho (Agir), José Luiz Penna (PV), Guilherme Ítalo (Avante), Antônio Brito (PSD), Felipe Espírito Santo (Pros), Jefferson Coriteac (Solidariedade), Wolney Queiroz (PDT), Wesley Diógenes (Rede), Luciana Santos (PCdoB) e Floriano Pesaro (PSB), coordenador executivo do Gabinete de Transição. O representante do MDB, Renan Calheiros (MDB), não pôde participar por motivos de agenda, segundo sua assessoria.

Sobre o encontro, Gleisi o avaliou como positivo. "[A transição] é um processo de diagnóstico, não é propositivo. Não é onde nós estamos discutindo propostas de governo. A equipe de transição entregará, até 10 de dezembro, um relatório para o presidente e o vice-presidente eleitos. A estrutura e a organização do governo. O que foi desmembrado, o que foi anexado. Quais são os principais problemas, a situação da máquina do governo e as principais medidas emergenciais que precisam ser tomadas", afirmou Gleisi.

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