O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (10/11) que o resultado do relatório das Forças Armadas entregue ontem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi humilhante. O parecer não apontou nenhuma irregularidade nas urnas eletrônicas nas eleições de 2022. A declaração foi dada durante encontro com parlamentares no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Setor de Clubes Esportivos Sul, em Brasília.
"Ontem aconteceu uma coisa humilhante, deplorável para as nossas Forças Armadas: um presidente da República, que é o chefe supremo das Forças Armadas, não tinha o direito de envolver as Forças Armadas a fazer uma comissão para investigar urnas eletrônicas, coisa que é da sociedade civil, dos partidos políticos e do congresso nacional", disse o presidente eleito.
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Em sua fala, Lula também cobrou do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), um pedido de desculpas. "Eu não sei se o presidente está doente, mas ele tem a obrigação de vir à televisão e pedir desculpas para a sociedade brasileira e pedir desculpas às Forças Armadas, por ter usado as Forças Armadas, que é uma instituição séria, que é uma garantia para o povo brasileiro contra possíveis inimigos externos, que fosse humilhada, apresentando um relatório que não diz nada, absolutamente nada daquilo que ele durante tanto tempo acusou", ressaltou.
Nova nota do Ministério da Defesa
O Ministério da Defesa divulgou hoje um novo comunicado sobre o relatório enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “com a finalidade de evitar distorções do conteúdo”. No texto, a pasta esclareceu que o trabalho da equipe de militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.
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