A vítima do estupro pelo qual o ex-vereador e ex-policial militar Gabriel Monteiro (PL) foi acusado e preso preventivamente nesta segunda-feira, 7, foi contaminada pelo vírus HPV. De acordo com o Ministério Público do Rio, um exame médico foi realizado e comprovou a infecção.
O crime teria ocorrido no dia 15 de julho, quando Gabriel e a moça se conheceram na boate Vittrini, na Barra da Tijuca (zona sul do Rio).
O ex-vereador já é acusado da prática de outros crimes sexuais, inclusive por filmar relações íntimas com uma menor e, por isso, foi cassado. Ele é acusado de assédio moral contra assessores e de forjar situações para produzir conteúdos em suas redes sociais. Monteiro responde a todos esses crimes na Justiça.
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Neste novo episódio, ele e a vítima teriam trocado beijos em uma festa na boate da Tijuca e foram embora com uma amiga dela. Segundo relato da jovem, todos foram para a casa de um amigo do ex-vereador em Joá, bairro próximo de onde estavam.
Segundo divulgou a Promotoria, a amiga teria ficado aguardando na sala da casa, a pedido do ex-militar, que se trancou em um dos quartos com a vítima.
Quando percebeu que fora trancada no cômodo, a moça tentou sair. O ex-parlamentar, então, 'retirou sua arma da cintura e passou no rosto da mulher, constrangendo-a com o objetivo de manter relações sexuais'.
A denúncia, apresentada à 34ª Vara Criminal da Capital, afirma que Gabriel Monteiro tentou 'tirar a roupa da jovem à força e manteve com ela relações sexuais de forma violenta e sem o uso de preservativo, contrariando os pedidos da vítima'.
O ex-vereador teria dado tapas no rosto da mulher, segurando-a 'firmemente pelos pulsos', e chegou a ameaçá-la de espancamento, se continuasse resistindo às agressões.
No final da tarde desta segunda-feira, 7, Gabriel Monteiro publicou um vídeo em suas redes sociais dizendo que não fora chamado para depor na delegacia sobre a nova acusação, mas que ia se entregar 'em respeito à Justiça'.
Ele foi transferido para o presídio de Benfica, na zona norte da capital fluminense, nesta terça, 8.
"Fiquei sabendo pela minha advogada que foi decretada a minha prisão preventiva por um crime que eu não fui escutado (sic) na delegacia. Respeito as autoridades e por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia. Assim que fiquei sabendo, vim imediatamente me entregar para a Justiça porque acredito nela e sei que minha inocência vai ficar comprovada. Não só tecnicamente, mas também para todo o Brasil, de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim."
Nas eleições deste ano, o ex-vereador tentou seu candidatar a deputado federal pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Contudo, depois do Tribunal Regional Eleitoral do Rio indeferir o seu registro, ele desistiu de concorrer. O pai e a irmã de Monteiro se elegeram a deputado federal e estadual, respectivamente.
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