O ex-vereador Gabriel Monteiro foi detido, nesta segunda-feira (7/11), após ter a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). A decisão do juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio, determinou ainda que fossem apreendidos celulares e armas de fogo em posse do ex-parlamentar Monteiro é acusado de estupro.
O caso teria ocorrido em 15 de julho deste ano, na Zona Sul do Rio. Na denúncia, a vítima afirma ter conhecido o ex-vereador em uma boate na Barra da Tijuca e, de lá, foram para a casa de um amigo do ex-policial militar, localizada no bairro do Joá.
- Gabriel Monteiro é alvo de operação por vídeo íntimo com garota
- Ministério Público do Rio denuncia vereador por importunação sexual
No local, Monteiro teria constrangido, com uso de uma arma de fogo, a vítima a ter relações sexuais com ele. De acordo com a mulher, o ex-vereador teria passado a arma no rosto dela e, no quarto, afirma ter sofrido agressão. Segundo a vítima, o acusado a empurrou na cama, segurou os braços e deu tapas no rosto dela. O TJRJ confirmou a emissão do mandado de prisão preventiva, mas sem fornecer mais informações, já que o caso corre em segredo de justiça.
Saiba Mais
Mandato cassado por quebra de decoro
Em agosto deste ano o então vereador, Gabriel Monteiro, teve o mandato cassado. A cassação se deu após uma votação na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em que os parlamentares aprovaram, por 48 votos a 2, a perda do mandato de Monteiro.
Segundo a decisão dos vereadores, as acusações de assédio sexual, tentativa de estupro e assédio moral feitas contra Monteiro configuram quebra de decoro parlamentar. Além disso, o ex-vereador também é investigado por intimidações, agressões e crimes contra vulneráveis (menores de idade).
Monteiro é acusado de filmar relações sexuais com uma adolescente, de exposição vexatória de criança, de agredir e ameaçar pessoas em situação de rua e de intimidar ex-assessores. Na denúncia analisada pela Câmara, que levou à cassação do mandato, pelo menos três mulheres afirmaram ter sido constrangidas a praticar sexo com Monteiro em situação de violência. Elas afirmam que as relações sexuais começaram de maneira consentida, mas passaram por uma situação violenta.
O ex-vereador negou todas as acusações feitas durante o processo administrativo que julgou o pedido de cassação. Essas denúncias vieram à tona em abril deste ano, quando a Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu documentos e dispositivos de armazenamento na casa de Monteiro.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.