A PEC (proposta de emenda constitucional) da Transição foi concebida apenas para resolver uma questão emergencial e não colocaria em risco a questão fiscal. É o que opina o líder do PT no Senado Federal, senador Paulo Rocha (PA), que participou da comitiva que visitou o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) na manhã desta sexta-feira (4/11). Localizado no Setor de Clubes Esportivos Sul, o local abrigará a sede da equipe de transição de governo.
Segundo o parlamentar, uma possível PEC para o romper o teto de gastos deve ser criada só depois do governo instalado. “Veja que nós não estamos propondo PEC para romper com o ‘tal do teto de gastos’, não estamos fazendo isso. Seria um processo mais longo que vai se dar depois, com o governo se instalando. Agora, nós só estamos propondo soluções emergenciais de manter pagando aquilo que o governo atual já estava pagando e que não previu a continuidade”, aponta o senador.
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Questionado sobre o possível uso dos valores do orçamento secreto para pagar essas despesas, o líder do PT disse que é exatamente esse o debate a ser feito com o Congresso Nacional, de onde tirar o dinheiro.
A questão do salário mínimo não é emergencial, segundo o parlamentar. “Emergência é o dinheiro para saúde, o dinheiro para a merenda escolar, é o dinheiro do auxílio emergencial (Auxílio Brasil). O salário mínimo vai entrar na discussão do orçamento geral para o próximo ano, e tem que prever alguma coisa para o salário mínimo”, aponta o senador.
Na manhã desta sexta-feira, a equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez a primeira visita ao Centro Cultural Banco do Brasil. A comitiva teve a participação do coordenador técnico, ex-ministro Aloizio Mercandate, da presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), além dos líderes do PT no Congresso, o senador Paulo Rocha (PA) e o deputado Reginaldo Lopes (MG), do ex-deputado federal Floriano Pesaro, aliado de Alckmin, entre outros parlamentares.
As lideranças do PT no Congresso adiantaram que diversos nomes de técnicos que atuam nas bancadas do partido devem colaborar de alguma forma com a equipe liderada pelo vice-presidente eleito.
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